segunda-feira, 17 de julho de 2006

Neste dia, em . . .

1932 – Belenenses disputa finalíssima do Campeonato de Portugal

Vimos a 3 de Julho como, nesta época, terrivelmente iniciada com a morte de Pepe, o Belenenses reagiu com uma força extraordinária. Foi Campeão de Lisboa. Chegou à final do Campeonato de Portugal. Naquela data, depois de estar a perder por 4-1 com o F.C.Porto, conseguiu, no último quarto de hora, com uma recuperação notável, que a todos encheu de assombro e respeito, chegar ainda ao empate, e quase ganhou o jogo no prolongamento.

Duas semanas depois, disputou-se a finalíssima, novamente em Coimbra.

No meio de grande expectativa, o jogo voltou a ser marcado por grande competitividade. No final, entretanto, o F.C.Porto venceu por 2-1. O nosso golo foi apontado por Bernardo Soares. Os golos dos portistas foram marcados por Acácio Mesquita e, antes disso, de grande penalidade, por Pinga, outra grande legenda do futebol português.

Recordemos que Belenenses e F.C. Porto chegaram aqui com a possibilidade de se destacarem na liderança do maior número de títulos de Campeão – juntamente com o Benfica tinham dois Campeonatos cada um. O F.C.Porto chegou primeiro aos três mas, como também já vimos (2 de Julho), logo no ano seguinte, o Belenenses igualou-o e tendo até a vantagem de ter sido mais vezes finalista.

Grandes tempos, Grande Belenenses...

Hoje, descemos de divisão e (dirigentes, supomos) vêm-nos dizer que devemos estar satisfeitos porque fomos a equipa despromovida com mais pontos...

Como nos pôde suceder isto? Onde começou a cadeia de traições e de menoridades que têm destroçado o Belenenses?



2005 – Sebastião Cunha e Diogo Mateus sagram-se Campeões Europeus de Sevens (Râguebi)

Pouco depois de se sagraram Campeões Nacionais de Sevens, como referimos em 25 de Junho, Sebastião Cunha e Diogo Mateus foram seleccionados por Tomaz Morais para o Campeonato da Europa de Sevens, em Râguebi, a decorrer em Moscovo.

A selecção portuguesa já tri-campeã pelas vitórias obtidas em 2001/2002, 2002/2003, 2003/2004, apresentava-se como natural favorita à revalidação do título.

Na meia-final, disputada no mesmo dia, a outra finalista – a Rússia – afastara a Itália por concludentes 17-0, enquanto Portugal se qualificava batendo a França por 22-7, com quatro ensaios e transformação contra apenas um ensaio e uma transformação dos franceses.

A final foi muito disputada e decidida apenas no último minuto de forma dramática. A apenas quatro minutos do final, a selecção russa vencia por 26-7 fruto de quatro ensaios e três transformações, contra um ensaio apenas de Portugal e a sua respectiva transformação. Foi aliás a capacidade total de converter as transformações que se viria a revelar vantagem decisiva nesta final. Nos quatro minutos finais, Tomaz Morais opera alterações na equipa que resultam em melhor eficácia ofensiva. De tal forma que neste curto período de tempo, a Selecção Portuguesa consegue converter três ensaios, dois pelo belenense Sebastião Cunha e um por Frederico Sousa. Encarregado das respectivas transformações Pedro Leal não falharia passando Portugal definitivamente para a frente do marcador.

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Como se pode ver, Sebastião Cunha, jogador do Belenenses que também já tinha participado na vitória europeia de 2002/2003 (além de se ter sagrado campeão nacional de Râguebi também nessa época, assim como o seu companheiro de selecção David Mateus), teve prestação que se revelou determinante na vitória final e na conquista do tetra-campeonato europeu.

Uma demonstração mais da grande qualidade do Râguebi do Belenenses, do seu fervor clubista mas também da sua extraordinária capacidade de formação, gestão desportiva e não só. São um exemplo de como deve ser gerida uma modalidade.



2005 – Bruno Pais conquista o terceiro lugar em Etapa da Taça do Mundo de Triatlo

Em Corner Brook no Canadá, disputava-se mais uma prova a contar para a Taça do Mundo de Triatlo, Bruno Pais, fruto de uma excelente prova, terminava a etapa em terceiro lugar.

Não podia, no entanto, ter começado pior. A primeira prova da etapa, a de natação correu mal ao belenense. Não desanimando, Bruno Pais viria a recuperaria bastante no ciclismo, prova em que realizou o menor tempo absoluto da etapa.

Na prova de atletismo, Bruno Pais conseguiu, embora com grande luta, resistir à perseguição movida pelos tri-atletas Frank Bignet (França) e Marko Alberto (Estónia).

Assim mesmo, Bruno Pais ficou na terceira posição e a 46 segundos de Tim Don, tri-atleta britânico que ocupava então o primeiro lugar do ranking mundial. Com esta presença no podium, feito até então inédito no triatlo português, Bruno Pais ascendeu também ao 14º lugar do Ranking mundial e terceiro no ranking europeu.