Como todos os belenenses sabem, o aniversário do nosso Clube é a 23 de Setembro, dia em que se cumpre um pequeno número de “rituais” na forma de cerimónias singelas mas, em minha opinião, não menos cheias de significado. Estou a referir-me à missa na Capela do Santo Cristo, que abre pela única vez no ano especialmente para o efeito, à deposição de flores na estátua de Pepe e à romagem ao cemitério da Ajuda.
Este ano estas cerimónias realizaram-se a 24, talvez por ser a um Sábado, permitindo assim uma maior participação dos belenenses, o que infelizmente não se verificou. De qualquer modo, o ritual cumpriu-se e lá compareci no Restelo pela manhã, acompanhado de minha mãe, como é habitual neste dia.
Logo à entrada da modesta mas linda capelinha encontrei o grande Vicente que tive o prazer de abraçar, cumprimentar pelo seu aniversário e a quem dei conta da homenagem que o Belenenses Sempre aqui publicou nesse dia. Com a modéstia, quase envergonhada, que tão bem caracteriza a sua grandeza, Vicente agradeceu, emocionado.
A missa decorreu com uma simplicidade compatível com o local e uma transcendência igual à do próprio Clube. Na homilia, especialmente dedicada à ocasião, o padre referiu a tarefa de conduzir os destinos do Belenenses e declarou-se seu adepto, por seu o maior Clube e ter o estádio mais bonito do mundo. Falou ainda no significado religioso, humano e histórico do nosso emblema. Não é por acaso, disse, que o símbolo do Clube é a Cruz de Cristo e não uma ave qualquer...
Seguiu-se a habitual deposição de flores junto à estátua de Pepe e alguns momentos de confraternização entre os (infelizmente não muitos) presentes. Foi aí que tive o prazer de conhecer pessoalmente o sócio nº 9, o mais antigo do Belenenses, o nosso prezado Humberto Azevedo. Enquanto fez, na nossa companhia, o pequeno trajecto até ao cemitério da Ajuda, o Sr. Humberto falou da sua paixão, as piscinas do Belenenses, e dos oito anos de trabalho que lhe dedicou, até ver inaugurado o complexo que hoje é nosso património. No meio da conversa, o Sr. Humberto e a minha mãe evocaram os tempos da sua juventude, momento mágico para mim, em que a simplicidade e a ternura das palavras de dois velhos belenenses deixaram transparecer toda a dimensão da grandeza e eternidade do nosso Clube.
Falaram do Sr. Nicolau, o falecido sócio nº 14, amigo do Sr. Humberto e amigo dos meus pais e avós, cuja filha recebeu em Nova Iorque uma comitiva do Belenenses durante uma digressão à América nos anos sessenta. Falaram de toda a gente que morou no Largo do Figueiredo e nas histórias de Homero Serpa. Falaram até do nosso guarda redes Capela, que foi amigo do Sr. Humberto e que tinha uma namorada que era amiga e vizinha da minha mãe...
Como é que querem que eu não goste tão irracional e apaixonadamente deste Clube?
Parabéns Belenenses!
Saudações azuis.
Este ano estas cerimónias realizaram-se a 24, talvez por ser a um Sábado, permitindo assim uma maior participação dos belenenses, o que infelizmente não se verificou. De qualquer modo, o ritual cumpriu-se e lá compareci no Restelo pela manhã, acompanhado de minha mãe, como é habitual neste dia.
Logo à entrada da modesta mas linda capelinha encontrei o grande Vicente que tive o prazer de abraçar, cumprimentar pelo seu aniversário e a quem dei conta da homenagem que o Belenenses Sempre aqui publicou nesse dia. Com a modéstia, quase envergonhada, que tão bem caracteriza a sua grandeza, Vicente agradeceu, emocionado.
A missa decorreu com uma simplicidade compatível com o local e uma transcendência igual à do próprio Clube. Na homilia, especialmente dedicada à ocasião, o padre referiu a tarefa de conduzir os destinos do Belenenses e declarou-se seu adepto, por seu o maior Clube e ter o estádio mais bonito do mundo. Falou ainda no significado religioso, humano e histórico do nosso emblema. Não é por acaso, disse, que o símbolo do Clube é a Cruz de Cristo e não uma ave qualquer...
Seguiu-se a habitual deposição de flores junto à estátua de Pepe e alguns momentos de confraternização entre os (infelizmente não muitos) presentes. Foi aí que tive o prazer de conhecer pessoalmente o sócio nº 9, o mais antigo do Belenenses, o nosso prezado Humberto Azevedo. Enquanto fez, na nossa companhia, o pequeno trajecto até ao cemitério da Ajuda, o Sr. Humberto falou da sua paixão, as piscinas do Belenenses, e dos oito anos de trabalho que lhe dedicou, até ver inaugurado o complexo que hoje é nosso património. No meio da conversa, o Sr. Humberto e a minha mãe evocaram os tempos da sua juventude, momento mágico para mim, em que a simplicidade e a ternura das palavras de dois velhos belenenses deixaram transparecer toda a dimensão da grandeza e eternidade do nosso Clube.
Falaram do Sr. Nicolau, o falecido sócio nº 14, amigo do Sr. Humberto e amigo dos meus pais e avós, cuja filha recebeu em Nova Iorque uma comitiva do Belenenses durante uma digressão à América nos anos sessenta. Falaram de toda a gente que morou no Largo do Figueiredo e nas histórias de Homero Serpa. Falaram até do nosso guarda redes Capela, que foi amigo do Sr. Humberto e que tinha uma namorada que era amiga e vizinha da minha mãe...
Como é que querem que eu não goste tão irracional e apaixonadamente deste Clube?
Parabéns Belenenses!
Saudações azuis.