Ou seja, pretendemos seguir com mais atenção os jogadores Belenenses que estão emprestados a outros Clubes para que tenham assim hipótese de acumular experiência e minutos de jogo que, de outra forma, não seria possível com a regularidade necessária. A estes jogadores emprestados, acrescem aqueles que competem nas camadas jovens do Belenenses. Existe a esperança de que, um dia, possam lutar por um lugar na equipa principal.
Assim sendo e sabendo todos nós o modo fugidio como a imprensa desportiva, de uma forma geral, trata os clubes que não os "3 únicos", negligenciando em especial os campeonatos que não a Liga principal, o BelenensesSempre faz-vos um desafio e um pedido: quem assistir a estes jogos, em que participem jogadores Belenenses, na 2ª Divisão Nacional, na Liga de Honra, nas camadas jovens, nas Selecções Nacionais, onde for, que nos enviem essa informação (prestação individual, dados de disciplina, golos marcados etc.) de forma a que possamos semanalmente publicar essa mesma informação e assim partilhá-la com todos os Belenenses que nos lêem.
Eliseu
Na 17ª jornada e última da 1ª volta, o Varzim recebeu o Feirense, até então 12º classificado, vencendo por 1-0.O único golo da partida foi marcado aos 58 minutos de grande penalidade, por Mendonça. Avançado que está também de partida para a CAN.
Segundo o site Preto no Branco, este foi um jogo em que o Varzim falhou muitas oportunidades e marecia maior vantagem só não conseguida pela extraordinária exibição de Hélder Godinho - o guadião Feirense. Aliás, este veio mesmo a ser considerado o melhor jogador em campo.
Mesmo no final do jogo o Feirense quase atingia o empate salvo apenas por um defesa poveiro em cima da linha de golo.
De Eliseu diz-se que, sempre muito activo, rubricou uma boa exibição ganhando faltas sucessivas e ainda um canto, embora tenha ficado em branco nesta partida.
O Varzim encontra-se agora na 9ª posição com 23 pontos, a 10 da zona de promoção (sobem apenas 2 clubes à principal liga do futebol português e a apenas 4 pontos da zona de despromoção (descem 6 equipas à Segunda Divisão Nacional).
Na próxima jornada, a 18ª e primeira da 2ª volta da Liga de Honra, o Varzim recebe o Maia, a actual 11º classificado com 20 pontos.
Jorge Tavares
O Olivais e Moscavide deslocou-se ao terreno do então 12º classificado da Série D da IIª Divisão Nacional – o Torreense – tendo vencido por 3 - 1.O jornal “A Bola” refere a vitória como justa perante um adversário algo desfalcado.
Jorge Tavares foi suplente utilizado, entrando apenas aos 88 minutos quando o resultado já estava feito.
O Olivais e Moscavide é agora o 3º classificado, com 24 pontos e a apenas 2 pontos do líder, o Louletano.
Na próxima jornada, que se realiza a 15 de Janeiro, o Olivais e Moscavide recebe o 11º classificado – o Odivelas – que tem ainda um jogo em atraso e poderá, caso o vença, ascender à 7ª posição.
Gonçalo Brandão
Como já tinha acontecido antes da paragem natalícia, mais especificamente desde 23/11, Gonçalo Brandão voltou a não ser convocado para o encontro com o Chelsea, a contar para a liga de reservas. Não há, no entanto, qualquer notícia de lesão do nosso jogador.Para que conste o Charlton venceu o Chelsea por concludente 3-0.
É certo que o Charlton tem apostado em jogadores mais experientes, possivelmente numa tentativa de não só dar a estes jogadores mais tempo de jogo como de assim recuperar de uma série francamente negativa no mês de Novembro, em que averbou quatro derrotas consecutivas.
Assim mesmo, durante este período de paragem do campeonato de reservas, foi possível obter notícias do Gonçalo Brandão, visto que concedeu a seguinte entrevista ao jornal Record, publicada na semana passada:
“Gonçalo Brandão: «Mourinho abriu a mente do futebol inglês»
DEFESA EMPRESTADO AO CHARLTON
Gonçalo Brandão é um dos muitos jogadores portugueses em Inglaterra. Aconselhado por Carlos Carvalhal, ex-técnico do Belenenses, durante a pré-época 2005, o central (lançado como sénior por Manuel José em Alvalade, num Sporting-Belenenses) rumou até ao Charlton, da 1.ª Divisão, para ganhar experiência, onde tem jogado assiduamente pelas reservas do clube mas treinado com a equipa principal.
O jovem aborda as diferenças entre o futebol luso e inglês e não se coíbe de elogiar José Mourinho e a “revolução” que este operou na mentalidade dos ingleses. Ao cabo de quatro meses, o defesa, que aproveitou a quadra natalícia para passar umas curtas férias em Portugal, considera a experiência positiva. “So far, so good...“ “O balanço é positivo. Tenho treinado sempre com a equipa principal (em Inglaterra, os plantéis têm cerca de 30 jogadores) e quem não joga na Premier League integra a equipa de reservas, onde só falhei um jogo. Penso que para mim tem sido positivo, porque a situação é diferente. Posso aprender com jogadores com mais experiência e o Charlton tem vários.”
Portugal e Inglaterra
O jovem jogador já detectou algumas diferenças entre o futebol luso e o inglês: “A velocidade de jogo é muito maior do que em Portugal e isso nota-se mesmo nas reservas. Por outro lado, os estádios estão sempre cheios e, no final, independentemente do resultado, o público aplaude as duas equipas.”
Gonçalo não se fica por aqui. “Outra das diferenças tem a ver com as condições de trabalho. Temos seis ou sete campos relvados, um centro de estágio e vários ginásios. Num dia de treino, entramos de manhã, no centro de estágio, tomamos o pequeno-almoço juntos, treinamos (sessões de 2 a 2.30 horas), almoçamos e, por vezes, só saímos depois de fazer ginásio. É uma outra realidade!”
Futuro
Em Janeiro, o Charlton, tal como acordou com o Belenenses (clube com que o central ainda tem contrato), terá de exercer ou não direito de opção sobre o jogador.
Acerca do assunto, Gonçalo Brandão afirma: “Desconheço em absoluto qual será a decisão do Charlton. Nem eles nem o Belenenses me disseram nada. Resta-me esperar... Se tiver de regressar ao Belenenses, não tenho qualquer problema, pois é o meu clube desde os 6 anos.”
Relativamente ao facto de não se ter conseguido impor no decorrer da “era” Carvalhal, Brandão avança com uma explicação. “Carlos Carvalhal tinha as suas ideias e os seus jogadores. Na pré-época, disse-me que o melhor seria ganhar experiência num outro clube e eu achei por bem fazê-lo. De facto, a situação foi diferente da anterior. Manuel José apostou em mim, tal como Bogicevic e Inácio, apesar de sempre ter tido uma concorrência muito grande, como eram inicialmente Filgueira e Wilson e, depois, Pelé e Rolando.”
Quanto à situação do clube do Restelo, que inicialmente se assumiu como um candidato a um lugar europeu, o defesa adianta: “Não percebo o que se passa. Sei que há grande vontade de dar a voltar à situação. O plantel foi escolhido a dedo e tem grande qualidade. Penso que, por vezes, tem faltado alguma confiança à equipa, mas creio que podem superar essa situação. ”
Ainda quanto à cláusula de opção que o Charlton detém sobre Gonçalo Brandão, “O Jogo” de 1/1/2006 avançava o seguinte:
“Gonçalo Brandão negociado
Por sua vez, Gonçalo Brandão - que está emprestado ao Charlton até ao fim da época - é pretendido, a titulo definitivo, pela equipa inglesa. O clube londrino tinha como prazo-limite para exercer o direito de opção o final do dia de ontem, mas, não o tendo feito, deu a conhecer a sua intenção de negociar o passe do atleta no decurso da próxima semana.”
Ficamos assim a aguardar novos desenvolvimentos para este mês. Ficaremos a saber se o seu afastamento das convocatórias tem a ver tanto com o apostar da turma londrina na rodagem de outros jogadores menos utilizados ou se é uma tentativa, à moda “latina”, de baixar o valor pré-acordado.
Comentário
Além dos jogadores que temos seguido habitualmente e nos quais depositamos algumas esperanças de regresso ou de venda do seu passe, existe um outro, de quem já poucos se recordarão, e que ainda é nosso jogador: Ceará.
Sobre ele o jornal “O Jogo” escreveu no dia 1 de Janeiro:
“Ceará preterido
O atacante brasileiro Ceará - que continua a ser preterido pelos responsáveis técnicos dos azuis -, actualmente cedido ao Paysandu, vai ser novamente emprestado. O jogador, que termina contrato no final da época de 2006, não faz parte dos planos de José Couceiro para a presente temporada, pelo que a SAD do Belenenses procura, neste momento, colocação para o atleta, estando o dossiê a ser tratado pelo director-desportivo, Rui Casaca, que tem mantido alguns contactos com o mercado brasileiro.”
Segundo notícias que têm vindo a lume recentemente, apenas agora terá sido processado o vencimento do mês de Novembro de 2005 e mesmo assim apenas metade. Continuarão em falta os prémios de jogo desse período e o salário de Dezembro (subsídio de Natal também?).
Não nos foi possível avaliar a veracidade destes factos nem a tal se referiu a Direcção do Clube ou a SAD.
Apesar de tudo quero crer que tal se deverá a uma situação extraordinária de tesouraria e não a um problema financeiro que, como sabemos, tem levado tantos clubes a equacionar o fecho de portas e a “vender a alma ao diabo” como uma autêntica praga.
Mas face a um cenário em que se descartam novas aquisições eu coloco a seguinte questão relativamente ao planeamento desta época:
Se (infelizmente) os prémios de jogo não deverão constituir problema acrescido (oxalá fossem) e temos um plantel reduzido (curtíssimo) de 21 jogadores como é possível que sejamos um clube emprestador e que face às dificuldades em contratar novos jogadores e pagar-lhes os salários, equacionando mesmo o (vergonhoso) empréstimo de jogadores dos “Três Únicos”, não se tentem aproveitar de alguma forma os jogadores que temos emprestados noutros clubes.
Nunca gostei de Ceará, do seu estilo, nem tenho as suas capacidades futebolísticas em grande conta, mas face a este cenário e pagando-lhe já pelo menos parte do ordenado não era de pensar na sua integração até Maio/Junho?
E Eliseu? Vamos buscar emprestado ao Porto (vergonha) um jogador com as suas características (fala-se em Ivanildo) quando antes o alienámos temporariamente ao Varzim?
Andamos ao sabor dos caprichos dos treinadores e não há ninguém, responsável técnico, na SAD que mantenha uma estrutura coerente de equipa de futebol?
Parece-me que a estas questões a resposta é SIM e NÃO, respectivamente.
Sim: andamos ao capricho dos treinadores e ...
NÃO: não há ninguém que mantenha ordem e coerência na construção de um plantel duradouro.
Hipotecamos o presente e pagamos com um futuro incerto, que não sabemos sequer se irá existir, a falta do preechimento deste cargo de Director Técnico.
Estas palavras não são um ataque à pessoa de Rui Casaca. É apenas a constatação que ou o seu cargo é vazio destas funções que precisam muito de ser asseguradas por alguém com capacidade técnica e que tenha uma visão de gestão também ou então não é competente. Não é pessoal, é apenas o Belenenses...
Provas? Entre muitas outras situações que todos podemos apontar facilmente, mesmo os mais renitentes em admiti-lo, como é possível em duas épocas consecutivas não termos defesa esquerdo e pagarmos bem caro por isso? E taaaaaaantas outras situações semelhantes como Meyong, etc, etc...
Precisamos de alguém que perceba e viva o futebol, que nunca permita as situações que referi e que possa coordenar todo o futebol do Belenenses. Desde a prospecção de novos valores dando-lhes seguimento para avaliação mais pormenorizada já numa perspectiva de contratação e capaz de coordenar o trabalho de formação.
Não há mesmo nada a fazer? Se calhar há. Mas o âmbito tem de ser geral.