sexta-feira, 11 de agosto de 2006

Neste dia, em . . .

1906 – Nasce Pascoal Rodrigues (Presidente à data da inauguração do Estádio do Restelo)

O Major Amândio Manuel Pascoal Rodrigues é mais um dos grandes dirigentes históricos do Belenenses.

Foi Presidente da Direcção nos anos de 1955 e 1956. Anteriormente, entre 1952 e 1954, tinha sido Vice-Presidente da Direcção (na altura, só havia um Vice-Presidente, o que conferia grande importância ao cargo), quando o Presidente era Francisco Mega.

Nos dois anos da sua Presidência, tiveram lugar factos de grande importância e momentos de grande emotividade na vida do Belenenses.

Foi assim com a perda do Campeonato de 1954/55, a quatro minutos do fim; com a conclusão das obras do Estádio do Restelo e sua inauguração em 1956, e consequente abandono das Salésias.

Entretanto, além desses acontecimentos extraordinariamente marcantes para a vida do clube, há a assinalar, nos anos de 1955 e 1956 - aqueles em que presidiu à Direcção -, os outros seguintes factos relevantes para o Belenenses:

1955
Segundo lugar no Campeonato Nacional de Futebol (título perdido a quatro minutos do fim). Matateu é o melhor marcador no Campeonato Nacional de Futebol. Participação na Taça Latina com Milão e Real Madrid e Matateu a ser levado em ombros. Belenenses vence Vasco da Gama por 2-1. Vice-Campeão de Lisboa de Juniores, em Futebol. Festa de Homenagem a Serafim das Neves. Campeão de Portugal de Atletismo, em Equipas Femininas. Campeão de Lisboa de Atletismo, em Equipas Femininas. Georgete Duarte, Campeã Nacional de Salto em Comprimento pela oitava vez consecutiva. Campeão Nacional, em Basquetebol Feminino. Campeão de Lisboa em Basquetebol Feminino. Vice-Campeão de Lisboa, em Basquetebol Masculino. Campeão de Lisboa em Râguebi. Lotação das Salésias aumentada em 1.000 lugares para sócios “cativos” (capacidade: 22.000). O número de sócios sobe para cerca de 11.000.

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1956
Terceiro lugar no Campeonato Nacional de Futebol. Semifinalista da Taça de Portugal, em Futebol. Campeão Nacional de Futebol, em Reservas (Torneio Octogonal da FPF). Vitória 2-0 sobre Stade de Reims, nesse ano finalista da Taça dos Campeões Europeus, em Futebol (o que repetiria três anos depois). Campeão de Portugal em Râguebi. Campeão de Lisboa em Râguebi. Campeão de Lisboa em Basquetebol Feminino (segundo título consecutivo). Campeão Nacional de Atletismo em Equipas. Campeão de Lisboa de Atletismo em Equipas Femininas (12º título e 8º consecutivo). Francelina Moita obtém oitavo título nacional de Atletismo, em três provas diferentes. Rui Ramos, Campeão Nacional de Triplo Salto pela terceira vez consecutiva. Campeão de Lisboa de Badmington. Último jogo no Estádio das Salésias. Inauguração do Estádio do Restelo (vitória por 2-1 sobre o Sporting. No primeiro jogo oficial, triunfo por 5-1 sobre Vitória de Setúbal). Estandarte do Clube é condecorado com a “Medalha de Mérito Desportivo”. Número de troféus ultrapassa os 1.500. O clube tem 12 modalidades, 700 praticantes e 14.500 sócios (maior número de sócios até à data, e só ultrapassado em 1969).

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Entretanto, já antes de ser dirigente Amândio Pascoal Rodrigues prestara excelentes serviços e provas de dedicação ao clube. Assim, em 19 de Outubro de 1950, foi distinguido como Sócio Honorário.

Mais tarde, foi naturalmente distinguido como um de “Os que mais Serviram” na construção do Estádio do Restelo (num total de onze associados). Em 1965, recebeu ainda do Belenenses a medalha de “Bons Serviços e Valor Clubista” (que só foi atribuída esse ano), juntamente com Joaquim de Almeida, Rómulo Trindade, Francisco Soares da Cunha, Henrique Tenreiro, Sebastião Lucas da Fonseca (Matateu), Mariano Amaro e Francisco Vale Guimarães.



1984 – José Pinto é oitavo nos 50 Km Marcha dos Jogos Olímpicos de Los Angeles

José Pinto merece um lugar de relevo na história do Belenenses. Com efeito, os vários títulos e recordes nacionais que obteve, já justificariam, por si, um significativo destaque.

A sua notabilidade fica, entretanto, muito acrescida pelas inúmeras participações que teve em Campeonatos do Mundo (por exemplo, em 1987, foi 15º classificado), Campeonatos da Europa, Taças do Mundo e outras competições internacionais de grande relevo.

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Mas um lugar à parte decorre, naturalmente, de ter sido o único atleta do Belenenses (e dos pouco portugueses) a estar presente em três Jogos Olímpicos: os de 1984, 1988 e 1992.

A sua primeira participação foi a melhor: obteve um oitavo lugar nos 50 Km Marcha (com o tempo de 4h 04m 42s). Tal consubstancia também o melhor lugar obtido por um atleta nosso num Jogos Olímpicos. Vem, em seguida, o décimo lugar de Rui Ramos, em 1952, na prova de Triplo Salto.

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Para quando, enfim, uma medalha? Não seria essa a decorrência lógica do tão propalado ecletismo?



2004 – Belenenses vence Celta de Vigo, no Estádio do Restelo, por 1-0

Para o jogo de apresentação aos Sócios, na época 2004/05, o Belenenses convidou o Celta de Vigo. Um clube conceituado em Espanha mas que havia descido no final da desastrosa época de 2003/2004 à segunda divisão espanhola. No entanto mantinha boa parte dos jogadores mais importantes e constituía sério candidato ao imediato retorno ao primeiro escalão. Não deixava por isso de ser uma equipa de valor, aquela com que o Belenenses escolhera defrontar-se neste dia.

E foi um jogo típico de início de temporada a que pôde assistir o público presente. Alinhando inicialmente com Marco Aurélio; Amaral, Rolando, Pelé e Cristiano; Marco Paulo, Andersson, Juninho Petrolina e José Pedro; Antchouet e Rodolfo Lima, o Belenenses tomou cedo conta da partida e as oportunidades sucederam-se. No entanto apenas aos 24 minutos da primeira parte o Belenenses teria sucesso a visar a baliza galega produzindo o único golo da partida.

Com uma expulsão, aos 43 minutos da primeira parte por conduta violenta por parte de um jogador adversário, o jogo praticamente terminou. Sucederam-se inúmeras substituições que retiraram o pouco interesse que a partida ainda tinha, com o jogo a decorrer em sentido único – a baliza do clube espanhol.

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Nesta equipa do Celta de Vigo alinhava então Capucho, internacional português, que ao ser substituído retribuiu a grande saudação que lhe foi feita pelos espectadores presentes.

Alinharam ainda pelo Belenenses os jogadores Cabral, Tuck, Ruben Amorim, Brasília, Mangiarrati, Neca, Eliseu, Gonçalo Brandão e Pedro Alves.