Tenho a impressão de que não haverá mais do que umas escassíssimas de dezenas de sócios que considere o Jornal do Belenenses como bom e motivante.
Salvaguarde-se o esforço dos redactores, que tentam tocar, o melhor que podem, o seu instrumento numa orquestra que não existe, que não tem maestro e que desconhece que músicas há a tocar. A culpa não é dos redactores mas de quem (não) dita as pautas.
Se, ao iniciar-se esta nova série, havia a esperança legítima de que se melhorasse progressivamente, ela gorou-se sucessivamente nos números seguintes.
Tenho muita pena mas não posso deixar de considerar o jornal como medíocre e praticamente inútil. E isto, porquê?
* Falta um Director que perceba do assunto – isto é, que saiba de edições, de programar um todo, de prosseguir objectivos de acordo com princípios fundamentais para o Clube, claramente definidos. O tipo de direcção que tem existido – e que, desconfio, vai continuar – dá vontade de chorar. Seria assim como se eu, que não tenho nenhuma formação, experiências ou provas dadas a esse nível, fosse o treinador da nossa equipa de futebol. Aliás, ainda é pior, porque, apesar de tudo, eu ainda percebo alguma coisa de futebol, embora pouco (como diz o Abel, eu quero é ver o Belenenses a ganhar); seria antes como se eu fosse treinador de ginástica rítmica, da qual nada entendo e para a qual sou completamente inábil.
* Falta alguém que saiba dar ao jornal uma apresentação cuidada e minimamente apelativa.
* Falta um fio condutor, uma visão de conjunto, uma noção de todo do jornal e dos seus diferentes números.
* Falta qualquer tipo de artigos que toque os sócios, que os mobilize, que os entusiasme, que lhes fale ao sentimento e à inteligência.
* Falta aproveitar pessoas existentes no clube e que seriam óptimos colaboradores. Para dar um exemplo insuspeito (e não referir nenhum dos meus colegas de blog), veja-se o caso de um Álvaro Antunes, de um Henrique Amaral (presumindo que não foi convidado), de um Pedro Guedes (idem), de um Paulo Jesus – para não falar já dos que são figuras públicas, inclusive na área do jornalismo ou da escrita em geral.
* Falta fazer chegar o jornal às pessoas, em vez de ele apenas ser recolhido por uma parte dos que frequentam o Restelo. Melhorando a apresentação – o que, quem conhecesse o mundo editorial, conseguiria sem aumentar os custos, antes pelo contrário -, bastaria procurar uma distribuidora (a VASP; por exemplo), para colocar o jornal nas bancas. Obter-se-iam mais receitas e chegar-se-ia a mais belenenses, transmitindo a "mensagem". Pois é, mas o problema é justamente que não há a intenção de passar nenhuma mensagem... De resto, poderia, em correspondência aos sócios (a tal que devia ser regularmente enviada...mas não é), convidar apelativamente a que se fizessem assinantes; ou dar o direito a receber o jornal a quem pagasse uma quota ligeiramente superior; ou, pura e simplesmente, com acordos vantajosos com os Correios, através do recurso a um Gestor de Cliente Institucional, enviá-lo para todos os sócios. Tinha custos? Tinha; mas custo pior é esta dormência associativa do Clube. Aliás, também haveria proveitos.
Pensemos por exemplo na diferença entre vinte mil receberem a informação completa sobre a Quota Suplementar Única, em vez dos somente dois mil que sabem da sua existência, por terem estado no jogo com o União de Leiria ou fazerem parte da pequena minoria que acede ao site oficial ou aos blogues; nos que, recebendo "injecções" de entusiasmo, não acabavam por se afastar, como vem acontecendo; nos que poderiam, também por essa via, ser mobilizados para comprar produtos azuis; nos que mais facilmente assistiriam aos jogos das nossas equipas, pagando o respectivo bilhete, etc, etc.
Neste momento, o jornal encontra-se num interregno. Oxalá ele tivesse sido aproveitado para o relançar em força! Mas, realmente, não acredito!
Salvaguarde-se o esforço dos redactores, que tentam tocar, o melhor que podem, o seu instrumento numa orquestra que não existe, que não tem maestro e que desconhece que músicas há a tocar. A culpa não é dos redactores mas de quem (não) dita as pautas.
Se, ao iniciar-se esta nova série, havia a esperança legítima de que se melhorasse progressivamente, ela gorou-se sucessivamente nos números seguintes.
Tenho muita pena mas não posso deixar de considerar o jornal como medíocre e praticamente inútil. E isto, porquê?
* Falta um Director que perceba do assunto – isto é, que saiba de edições, de programar um todo, de prosseguir objectivos de acordo com princípios fundamentais para o Clube, claramente definidos. O tipo de direcção que tem existido – e que, desconfio, vai continuar – dá vontade de chorar. Seria assim como se eu, que não tenho nenhuma formação, experiências ou provas dadas a esse nível, fosse o treinador da nossa equipa de futebol. Aliás, ainda é pior, porque, apesar de tudo, eu ainda percebo alguma coisa de futebol, embora pouco (como diz o Abel, eu quero é ver o Belenenses a ganhar); seria antes como se eu fosse treinador de ginástica rítmica, da qual nada entendo e para a qual sou completamente inábil.
* Falta alguém que saiba dar ao jornal uma apresentação cuidada e minimamente apelativa.
* Falta um fio condutor, uma visão de conjunto, uma noção de todo do jornal e dos seus diferentes números.
* Falta qualquer tipo de artigos que toque os sócios, que os mobilize, que os entusiasme, que lhes fale ao sentimento e à inteligência.
* Falta aproveitar pessoas existentes no clube e que seriam óptimos colaboradores. Para dar um exemplo insuspeito (e não referir nenhum dos meus colegas de blog), veja-se o caso de um Álvaro Antunes, de um Henrique Amaral (presumindo que não foi convidado), de um Pedro Guedes (idem), de um Paulo Jesus – para não falar já dos que são figuras públicas, inclusive na área do jornalismo ou da escrita em geral.
* Falta fazer chegar o jornal às pessoas, em vez de ele apenas ser recolhido por uma parte dos que frequentam o Restelo. Melhorando a apresentação – o que, quem conhecesse o mundo editorial, conseguiria sem aumentar os custos, antes pelo contrário -, bastaria procurar uma distribuidora (a VASP; por exemplo), para colocar o jornal nas bancas. Obter-se-iam mais receitas e chegar-se-ia a mais belenenses, transmitindo a "mensagem". Pois é, mas o problema é justamente que não há a intenção de passar nenhuma mensagem... De resto, poderia, em correspondência aos sócios (a tal que devia ser regularmente enviada...mas não é), convidar apelativamente a que se fizessem assinantes; ou dar o direito a receber o jornal a quem pagasse uma quota ligeiramente superior; ou, pura e simplesmente, com acordos vantajosos com os Correios, através do recurso a um Gestor de Cliente Institucional, enviá-lo para todos os sócios. Tinha custos? Tinha; mas custo pior é esta dormência associativa do Clube. Aliás, também haveria proveitos.
Pensemos por exemplo na diferença entre vinte mil receberem a informação completa sobre a Quota Suplementar Única, em vez dos somente dois mil que sabem da sua existência, por terem estado no jogo com o União de Leiria ou fazerem parte da pequena minoria que acede ao site oficial ou aos blogues; nos que, recebendo "injecções" de entusiasmo, não acabavam por se afastar, como vem acontecendo; nos que poderiam, também por essa via, ser mobilizados para comprar produtos azuis; nos que mais facilmente assistiriam aos jogos das nossas equipas, pagando o respectivo bilhete, etc, etc.
Neste momento, o jornal encontra-se num interregno. Oxalá ele tivesse sido aproveitado para o relançar em força! Mas, realmente, não acredito!