quinta-feira, 8 de setembro de 2005

Revista da Imprensa Desportiva

Após a jornada dupla da Selecção, que selou praticamente o nosso apuramento para o Mundial 2006, todas as atenções voltam a concentrar-se no Campeonato e na realização da terceira jornada. Nós somos os últimos a jogar, na Segunda-feira às 20h30 em Penafiel, transmissão televisiva obriga.

“A Bola” hoje noticia que a partir desta tarde estará à venda a QSU, Quota Suplementar única, que permite aos sócios do Belenenses que a queiram adquirir, assistir aos 17 jogos do Campeonato em casa por 70 €, uma poupança de 32 €. O presidente da Direcção do Belenenses, Cabral Ferreira, comprará hoje, às 16 horas, na secretaria do clube, a primeira quota suplementar, no valor de 70 euros, que permitirá aos sócios do clube assistir a 17 jogos da Liga no Restelo. Esta é uma das primeiras medidas que os dirigentes do Belenenses têm na manga para reaproximar o clube dos adeptos e aumentar o número de espectadores no estádio.

"Desde a campanha eleitoral que defendo essa necessidade. A quota suplementar é justa, mais barata e mais cómoda", explica Cabral Ferreira. Uma vez que dos dezassete jogos no Restelo um já foi disputado - com o U. Leiria - os compradores da quota suplementar que tenham guardado o bilhete do jogo com os leirienses serão reembolsados. "Temos mais medidas em marcha", promete Cabral Ferreira. Realmente esta é uma boa medida nesse sentido, mas com jogos à Segunda-feira às 19h em casa, como o do 4ª jornada com o Guimarães, veremos que efeitos práticos tem esta medida.

Entretanto na preparação da equipa, Meyong, reintegrado no grupo, depois de ter representado os Camarões, está motivado: "Não tenho lugar garantido na selecção, mas gostava de ir ao Mundial. Tenho de trabalhar no Belenenses e se possível marcar mais do que os 11 golos da temporada passada."

O “Record” fala também com Meyong, após o seu regresso da Selecção dos Camarões, numa prova de como é importante o Belenenses ter jogadores nas Selecções nacionais, para ser logo mais noticiado. Então se essas Selecções estiverem presentes nas grandes competições mundiais, melhor ainda.

"Não sou a figura central. A equipa é forte com ou sem o Meyong. Há mais gente que pode fazer o meu lugar. Por isso, considero que o Belenenses não depende de mim, nem de ninguém em especial", diz.

Na pretérita temporada Meyong, então ao serviço do V. Setúbal, marcou 11 golos. O avançado espera, nesta época, superar essa marca. "No ano passado fiz 11. Agora, as expectativas são maiores, porque a realidade dos clubes é diferente. O Vitória luta para não descer e o Belenenses é um candidato à Europa. Tenho que me adaptar às exigências e tentar marcar mais golos. Se gosto mais de jogar sozinho ou com outro avançado? Sou avançado, mas jogo onde e como o treinador quiser."

Meyong actuou 15 minutos no jogo em que os Camarões venceram a Costa do Marfim por 3-2. Este triunfo coloca o seu país (treinado por Artur Jorge) perto do Mundial da Alemanha. Face a isso, o dianteiro adianta: "Estamos no bom caminho. Se espero ir ao Mundial? Qual é o jogador que não gostaria de ir? Tenho de continuar a trabalhar bem no meu clube. Ainda não me afirmei na selecção, mas vou continuar a ter a mesma postura", conclui.

“O Jogo” traz também uma entrevista com Meyong e refere ainda o facto de Ahamada não se ter treinado - apesar de ter subido ao relvado secundário do Restelo - devido a uma mialgia, que não será, ao que tudo indica, impeditiva de o jogador dar o seu contributo à equipa em Penafiel. Quem também apresentou algumas limitações foram os médios Silas, Fábio Januário e Djurdjevic, que, por mera precaução, apenas efectuaram corrida e alguns exercícios com bola. No entanto, tal como Ahamada, deverão estar aptos para o próximo encontro.

Destaque também a venda a partir de hoje da Quota Suplementar. Vamos todos comprá-la, pois bem precisamos de aumentar, e muito, as assistências no Restelo.

Jogos de futebol sem público é como um jardim sem flores. Mesmo com todo o dinheiro do Mundo das televisões.