Três Pontos que Podem Valer Ouro...
Tínhamos programado ir a Coimbra ver este jogo. No entanto, uma gripe persistente frustou-nos os intentos. Por isso, isto não é, não pode ser, uma crónica do jogo mas apenas um alinhamento de factos objectivos e a extracção de algumas consequências e implicações deste encontro.
José Couceiro manteve exactamente a mesma equipa que apresentara contra o Paços de Ferreira, ou seja:
Marco Aurélio;
Sousa, Pelé, Rolando e Vasco Faísca;
Rui Ferreira, Pinheiro e Rúben Amorim;
Paulo Sérgio, Meyong e Ahamada
Na 2ª parte, Silas substituiu Paulo Sérgio (aos 65m); Djurdjevic rendeu Ahamada (aos 79m) e Romeu entrou para o lugar de Meyong (85m).
O nosso golo foi apontado por Meyong, a passe de Ahamada, aos 46m. Foi o 11º golo do nosso avançado, que alcançou Nuno Gomes na liderança dos melhores marcadores.
Tanto quanto podemos inferir do resumo das jogadas dignas de maior registo, o Belenenses terá feito uma primeira boa parte, da qual poderia, deveria e teria merecido sair em vantagem. Desperdiçaram-se três ou quatro ocasiões para o efeito, nomeadamente por Sousa, Ahamada, Paulo Sérgio e Meyong, enquanto os conimbricenses foram bastante mais inofensivos.
A justiça no resultado foi posta logo no início da 2ª parte, com o golo de Meyong. Seria impossível um melhor recomeço. Face aos dados disponíveis, ter-se-ão seguido cerca de 10 minutos incaracterísticos, com as duas equipas a reajustar-se à nova posição. A partir daí, segundo parece – repetimos que estamos a tentar sumarizar factos a partir de um jogo que não vimos –, a Académica tentou virar o resultado, com vários elementos atacantes, criando perigo na nossa área em diversas ocasiões. Segundo os relatos, até aos descontos, o Belenenses apenas por duas vezes, ambas por intermédio de Silas, criou algum perigo.
O período de descontos foi muito intenso e de grande sofrimento. O Belenenses beneficiou então de duas oportunidades (remate de Silas, mais uma vez, e de Djurdjevic, após solicitação de Romeu) mas a Académica dispôs de um livre perigoso e chegou a reclamar uma grande penalidade. Enfim, para alegria e alívio de todos nós, belenenses, terminou o jogo, com a nossa equipa a averbar os três pontos da vitória.
Mesmo admitindo alguma possível felicidade na 2ª parte, a nossa equipa confirmou a sua melhoria defensiva e parece também registar alguns progressos atacantes. Pela 2ª vez, voltámos a ter 2 jogos seguidos sem sofrer golos; em contrapartida, desde a 8ª jornada que não assinávamos golos em 2 jogos consecutivos. Por outro lado, desde a 4ª jornada que não conseguíamos 2 vitórias seguidas. Esperemos que, na próxima jornada, possamos igualar a série de 3 vitórias então registadas. E, já agora, que a seguir ultrapassemos essa série, no jogo seguinte, também no Restelo - ganhar ao Sporting tem um sabor especial...
Num estranho campeonato, a nossa equipa parece estar melhor. Dada a conjunção de resultados, nesta jornada, apenas subimos uma posição, de 13º para 12º, por troca com o nosso adversário de hoje. Mas talvez fique mais claro como estes 3 pontos valem ouro, se dissermos que, em caso de Vitória no nosso próximo jogo, é teoricamente possível saltar para o 7º lugar – com uma conjunção de resultados a ajudar.
Não queremos, de maneira nenhuma, embandeirar em arco. Este campeonato está “maluco”. Sinceramente, achamos muito provável que daqui a poucas jornadas haja 10-12-14 equipas numa molhada a meio da tabela, de onde é relativamente fácil saltar para cima – lugares europeus –, como cair para baixo – lugares de despromoção ou de grande angústia. É possível que o Belenenses se misture nessa molhada. Por isso, vamos (continuar a) exigir aos nossos jogadores muito trabalho, muita determinação, muita concentração e muita ambição. E já agora, esperemos contratações cirúrgicas, sem emprestados vindos de clubes portugueses.
Com esta vitória, o Natal dos pastéis fica mais azul e sorridente...
Post-Scriptum - Isto foi inicialmente apostado às 22.59. Entretanto, embora de forma muito duvidosa, Nuno Gomes marcou e voltou a ganhar vantagem sobre Meyong.
