sexta-feira, 6 de janeiro de 2006

BELENENSES - Gil Vicente: Estatística, Convocatória, Nomeações

Estatística

O aparecimento do Gil Vicente no principal campeonato, então designado de Primeira Divisão, ocorreu apenas em 1990/1991. Época que é, aliás, para nós, de tristíssima memória pois descemos de divisão pela segunda vez.

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O declínio classificativo do Belenenses na última década e meia está bem patenteado no seguinte resumo de resultados dos encontros no Restelo com o Gil Vicente.:
Jogos: 12, Vitórias: 5, Empates: 5, Derrotas: 2, Golos Marc.: 16, Golos Sofr.: 10

Ou seja, o Belenenses apenas saiu destes encontros caseiros com o mínimo que se lhe exigia (a vitória obviamente) em 42% das vezes. Ou seja perdeu pontos em sua casa contra um adversário muito menos cotado (que alías apenas chegou à 2ª divisão em 1971) em 58% das ocasiões.

Histórico completo de resultados:

1990/91 - V 3-0, 1992/93 - V 2-0, 1993/94 - V 1-0, 1994/95 - E 1-1, 1995/96 - E 2-2, 1996/97 - E 1-1
1999/00 - E 1-1, 2000/01 - D 1-3, 2001/02 - V 1-0, 2002/03 - E 1-1, 2003/04 - V 2-0, 2004/05 - D 0-1.


Belenenses: Jogadores Convocados

Guarda-Redes: Marco Aurélio e Pedro Alves
Defesas: Sousa, Amaral, Pelé, Rolando e Vasco Faísca
Médios: Rui Ferreira, Sandro Gaúcho, Ruben Amorim, Pinheiro, Silas, Fábio Januário e Djurdjevic
Avançados: Meyong, Paulo Sérgio, Romeu e Ahamada.

Ficaram de fora da convocatória: Carlos Alves, Marco Pinto (juniores) e Gaspar, Ricardo Araújo (ambos por opção) e José Pedro (por lesão).

A minha equipa favorita seria (com base na convocatória):

Marco Aurélio;
Amaral, Rolando, Pelé e Sousa;
Rui Ferreira;
Paulo Sérgio, Ruben Amorim e Djurdjevic;
Meyong;
Romeu.

Em 4-1-3-1-1, com Djurdjevic e Paulo Sérgio bem abertos nas alas e Ruben ao centro junto a Rui Ferreira, Meyong absolutamente livre e a desiquilibrar e Romeu a cansar centrais para as entradas de Meyong.
Se Romeu não recomeça a jogar só vai retomar o ritmo quando Meyong estiver de volta.



Arbitragem: Nomeações

No que respeita à arbitragem regista-se a nomeação dos seguintes responsáveis:

Árbitro: Rui Costa (AF Porto).
Árbitros Assistentes: Vítor Carvalho (AF Porto) e João Silva (AF Porto).
Observador: Albano Fialho.
Delegados: Reinaldo Teixeira, António Luís e Francisco Fonseca.

Esta época Rui Costa já visitou o Restelo para arbitrar o Belenenses – Marítimo num jogo que não tendo casos foi visível aquela marcada tendência (parece que de “família”) para cortar jogo, esquecer temporariamente a lei da vantagem e marcar faltas ao contrário). O seu irmão mais velho também (Paulo Costa) e recordemos fez um excelente trabalho, na mais revoltante arbitragem até ao momento (desta época no Restelo) para que o Nacional não saisse do Restelo derrotado. Apenas não contou com Meyong deitado no chão. Um matador não se compadece e lá lhe sairam os planos furados. A seguir a tendência familiar dos Gomes Costa, esta é a última oportunidade que o Meyong tem de marcar um golo deitado antes de ir para a CAN.
A época passada, Rui Costa apitou o Belenenses 1 – Nacional 0 e o Vitória de Guimarães 1 – Belenenses 0.
Oxalá que venha livre da praga que parece afectar a família Gomes Costa, do Porto. Não que venha para compensar mas para arbitrar justamente. Não é o que se pede? Devia ser, mas em Portugal já se sabe...

Vítor Carvalho auxiliou no Penafiel 0 – Belenenses 0 na passada época.
Já João Silva auxiliou Rui Costa no Vitória de Guimarães 1 – Belenenses 0 da época passada, fez parelha com Vitor Carvalho no Penafiel 0 – Belenenses 0 da passada época e foi também auxiliar no jogo Rio Ave 3 – Belenenses 3, também em 2004/2005.



Comentário

Julgo não exagerar se disser que os Belenenses vivem com bastante expectativa a realização desta partida. Não apenas porque a situação da equipa embora tenha melhorado um pouco , seja ainda preocupante. Mas, especialmente, porque julgo que, como eu. pretenderão verificar se o momento positivo demonstrado pelas duas vitórias consecutivas nas duas últimas partidas se prolonga para o novo ano.
Por isso esta será, essencialmente, uma partida de confirmação.

Apenas mais uma nota. É incontornável para mim este assunto. Sinceramente preferia não ter de o fazer, pois seria sinal de que essas declarações nunca tinham ocorrido. Refiro-me obviamente às declarações de José Couceiro em entrevista a «O Jogo».

Enquanto adepto que não falha um jogo no Restelo sinto-me sinceramente incomodado pelos assobios. Sou dos que se acham, por princípio, incapazes de o fazer. Acho-me frequentemente aos pulos na cadeira, irritado até mais não com coisas que vejo no relvado. Impaciento-me, chego a berrar “ACORDEM” e “impropérios” do género.

Mas não posso aceitar que num Clube tão vazio de público, tão pouco participado pelos sócios e restantes adeptos, um assalariado com grandes responsabilidades e exposição mediática faça declarações como Couceiro fez, de autêntico desacato a TODOS (os poucos) sócios que ainda lá vão muitas vezes para apenas sairem chateados. Não só porque meteu todos no mesmo saco, mas especialmente porque somos tão poucos que hostilizar os únicos que ainda lá vão regularmente e que (por mais que me repugne e desaprove esse tipo de protesto) apenas demonstram o seu desagrado pelo não cumprimento dos objectivos indicados inicialmente.
Isto só é possível no Belenenses. Até num outro clube de muito menor prestígio e historial Couceiro seria trucidado por sócios e posto a secar pelos seus superiores com direito a imediata retratação pública.
Nem me refiro ao que ele entende como injustiça que lhe foi feita no Porto. Prefiro nem ir por aí. Não me diz respeito, nem ao Belenenses.

Ele é, para o bem e para o mal, treinador do Belenenses. E um treinador do Belenenses não se pode queixar de ter 30 sócios a assobiar quando apenas tem 750 no total a assistir. Muito menos depois de treinar um dos “três únicos” e depois de ter sido director geral de outro, antes de abraçar a profissão de treinador. Por mais razão que tenha em sentir-se irritado com isso, por mais razão que tenha em absoluto quanto à injustiça desses assobios. Por mais inteligente que conseguisse ser percebendo que a maior parte dos assobios não são para ele enquanto treinador ou enquanto pessoa.

Couceiro, como funcionário de um organismo maioritariamente detido pelo Clube tem de se preocupar com o exíguo número de assistentes, claro, mas para fazer a sua parte. Utilizar o seu «tempo de antena» (que é muito) para tentar promover o aumento das assistências (fale nos preços baixos «os mais baixos» – porque nunca ninguém fala nos preços?!?!? – desde 7,50€) e nunca, mas nunca, dizer o que disse e como o disse.

Sou sincero. Desgostou-me. Mais, enojou-me.
Espero que, entretanto, já lhe tenham feito ver o disparate e quanto esse tipo de discurso lesa ainda mais um Clube que está tão mal no que ao apoio dos adeptos no Estádio diz respeito.
Desejo fortemente, nunca mais ver repetidas declarações deste tipo que só diminuem o Belenenses perante o país inteiro.

Se apesar de tudo o que temos escrito em 4 meses e meio, vos falhe o entendimento, a prova de que para nós os assobios são o contrário do que temos sempre defendido está na secção secção seguinte deste artigo. Vai para o ar desde a jornada nº2, que correspondeu ao nosso primeiro jogo em casa (começou por ser um artigo próprio e é um apelo que tem sido constantemente repetido.
É ler o último parágrafo, se fizerem o favor.

Uma última palavra para tudo o que temos lido na imprensa neste período de abertura de inscrições, especialmente no que concerne à nossa (por enquanto apenas alegada) pedinchice e falta de orgulho para ter cá empréstimos roladores de jogadores dos 3 Únicos. Tudo isto é UMA VERGONHA e uma alienação total do que é SER BELENENSES. Do que vier a acontecer extrairei as devidas ilações e actuarei em conformidade com a minha consciência.



UM APELO

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E ainda (como sempre), para terminar . . .


UM ADEPTO, UMA BANDEIRA!

Como diz o refrão da Fúria Azul...
“Tenho todo o orgulho, sou Belém até morrer”.

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Esse orgulho independente dos resultados só é beliscado pelo aspecto desolador das bancadas do Restelo, na maioria dos jogos, nos últimos anos.
Julgam que os jogadores não se sentem abatidos ou empolgados, respeitadores ou alheios à grandeza do clube, conforme o aspecto das bancadas? Temos a certeza absoluta que sim.

Hoje vimos novamente colocar uma sugestão perante os que já costumam ir.
O Restelo precisa de mais som – das nossas gargantas e dos nossos aplausos – e também de mais cor – logicamente, da nossa cor azul.
Esse colorido pode ser dado por cachecóis mas é muito mais impressivo – para todos nós, para os nossos jogadores e para os adversários – se for através de bandeiras. E, infelizmente, também estas se têm sumido do nosso Estádio.

Que tal voltar a levá-las connosco? Por favor, não fiquemos só a pensar. Vamos fazê-lo mesmo: cada um de nós, adquiramos (se não a temos em casa) uma bandeira, levemo-la para os jogos, agitemo-la quando as equipas entram em campo, quando marcamos um golo, quando o apoio se faz mais necessário.

Vamos continuar a ser uns tipos que exigem e resmungam umas coisas, vamos encolher os ombros numa atitude comodista, ou vamos fazer a nossa parte?

Guardemos a energia para a apoiar a nossa equipa e dar colorido e alegria ao Restelo, em vez a desperdiçar a assobiar os nossos jogadores ou a insultar adversários!