quinta-feira, 5 de janeiro de 2006

Neste dia, em . . .

1947 – Estreia de Capela na Selecção Nacional de Futebol

Capela foi, juntamente com Feliciano e Vasco (segundo alguns, também com Serafim), uma das célebres Torres de Belém. O seu nome, para além desse motivo, está indelevelmente ligado ao Belenenses, por ser o Guarda-Redes da nossa Equipa Campeão Nacional de 1946. Na mesma época, foi igualmente Campeão de Lisboa.

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No entanto, ao contrário de outros jogadores, a sua permanência no Belenenses foi mais episódica, alternando com passagens pela Académica.

De qualquer maneira, foi em épocas ao serviço do nosso clube que foi chamado todas as 5 vezes em que representou a Selecção Nacional: 3 vezes em 1947, uma vez em 1950 e uma vez em 1951.

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A estreia teve lugar num jogo com a Suíça, disputado no Estádio Nacional, e que terminou empatado 2-2. Quatro jogadores do Belenenses foram titulares: além de Capela, alinharam igualmente Serafim das Neves, Mariano Amaro e Feliciano. (Agora, não temos 4 jogadores numa década inteira!....).



1959 – Belenenses vence o Vitória de Guimarães no Restelo, perante 35.000 pessoas, e ocupa a 2ª posição no Campeonato Nacional.

Este, o de 58/59, foi um dos Campeonatos que o Belenenses disputou palmo a palmo. No fim deste jogo, o 15º do total de 26, ocupávamos a 2ª posição, colados ao Benfica (o campeão acabaria por ser o F.C.Porto).

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Muitos casos insólitos marcaram este Campeonato, nomeadamente ao nível da arbitragem, contribuindo para nos afastar do título. Disso falaremos em 1 de Fevereiro. Não obstante, e apesar do Vitória de Guimarães ter feito um excelente campeonato, o seu melhor de sempre até então, o triunfo do Belenenses, por 2-0 (golos de Dimas e Matateu) correspondeu à normalidade esperada.

Por isso, o nosso registo vai para a assistência. Como as fotos documentam, esteve uma grande “casa” no Restelo, cerca de 35.000 pessoas, quase todas adeptas do Belenenses.

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A receita “bruta” foi exactamente de 228 073 escudos (ver gravura). E, agora, comparemos: no Benfica - Caldas, apurou-se apenas 70.152 escudos; no F.C.Porto – Lusitano de Évora, apenas 52.492 escudos; no Braga - Sporting, 87.730 escudos. Os números falam por si!

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De resto, no total das receitas líquidas das jornadas volvidas, o Belenenses ocupava o 4º lugar, colado ao 3º (o F.C.Porto) e bem destacado do 5º (o Vitória de Guimarães). Este facto é tanto mais significativo, quanto é certo que ainda não tínhamos jogado com o Benfica (encontro em que o Restelo veio a esgotar) nem com o Sporting, e que o jogo com o F.C.Porto foi prejudicado pelo mau tempo.

Era assim o Belenenses... que distância terrível do que hoje se passa, perante uma total incapacidade de reacção!