sábado, 11 de fevereiro de 2006

BELENENSES - F.C. Porto: Estatística, Convocatória, Nomeações

Estatística

Existe, obviamente, um grande historial de confrontos entre as duas equipas. Jogos épicos, tanto na cidade do Porto como em Lisboa, que remontam a anos bem anteriores ao próprio início do campeonato disputado na actual forma.

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Apesar de nos últimos anos a balança pender mais para a equipa portuense, regista-se alguma recuperação após as desastrosas décadas de 80 e 90. No total, existe um grande equilíbrio entre as duas equipas, quando actuam no Restelo. Algo que é bem patente no seguinte...

Resumo de resultados:
Jogos: 67, Vitórias: 26, Empates: 17, Derrotas: 24, Golos Marc.: 95, Golos Sofr.: 83

Ligeira supremacia do Belenenses com mais duas vitórias, representadas em 39% de vitórias azuis e 36% vitórias azuis mas com riscas. Nas restantes ocasiões (25%) as equipas equivaleram-se e dividiram pontos. No que respeita aos golos marcados e sofridos, o Belenenses apresenta uma vantagem global de 12 golos.

Histórico completo de resultados:

1934/35 - E 1-1, 1935/36 - V 2-1, 1936/37 - V 3-0, 1937/38 - D 0-1, 1938/39 - D 1-3, 1939/40 - D 0-1, 1940/41 - D 2-3
1941/42 - V 7-3, 1942/43 - V 4-0, 1943/44 - V 4-0, 1944/45 - V 3-2, 1945/46 - V 3-2, 1946/47 - D 0-2, 1947/48 - V 3-0
1948/49 - V 3-1, 1949/50 - V 5-3, 1950/51 - E 3-3, 1951/52 - E 1-1, 1952/53 - E 1-1, 1953/54 - V 5-2, 1954/55 - V 1-0
1955/56 - D 0-1, 1956/57 - V 4-3, 1957/58 - D 1-3, 1958/59 - V 1-0, 1959/60 - V 1-0, 1960/61 - V 1-0, 1961/62 - E 3-3
1962/63 - E 1-1, 1963/64 - E 1-1, 1964/65 - D 0-1, 1965/66 - V 2-1, 1966/67 - D 1-2, 1967/68 - D 0-2, 1968/69 - E 1-1
1969/70 - E 1-1, 1970/71 - D 1-2, 1971/72 - V 3-2, 1972/73 - V 2-0, 1973/74 - V 1-0, 1974/75 - E 2-2, 1975/76 - V 1-0
1976/77 - V 2-0, 1977/78 - E 0-0, 1978/79 - E 0-0, 1979/80 - D 0-1, 1980/81 - D 0-1, 1981/82 - D 0-1, 1984/85 - D 0-1
1985/86 - D 2-3, 1986/87 - D 0-3, 1987/88 - E 0-0, 1988/89 - E 1-1, 1989/90 - V 1-0, 1990/91 - D 0-1, 1992/93 - E 0-0
1993/94 - D 0-2, 1994/95 - D 0-2, 1995/96 - E 1-1, 1996/97 - D 0-2, 1997/98 - V 1-0, 1999/00 - E 0-0, 2000/01 - V 2-0
2001/02 - V 3-0, 2002/03 - D 1-3, 2003/04 - D 1-4, 2004/05 - D 0-1

No entanto, esta tendência global é algo diferente da patente nos resultados obtidos nos últimos 10 encontros. Nestes, o F.C.Porto apresenta 50% de vitórias contra 30% de vitórias do Belenenses. 9 golos marcados e 13 sofridos nesse período, a nosso desfavor, em que se registaram também dois resultados bem desnivelados, um para cada lado: D 1-4 em 2003/04 (após um bom começo do teenager Gonçalo Brandão, com o primeiro golo do encontro na sequência de um canto) e V 3-0 em 2001/2002. Esta seria, aliás, a última vitória Belenense registada. Esperamos que já não o possamos dizer a partir de hoje à noite.


Belenenses: Jogadores Convocados

Guarda-Redes: Marco Aurélio e Pedro Alves
Defesas: Sousa, Pelé, Rolando, Gaspar e Rui Jorge
Médios: Rui Ferreira, Sandro Gaúcho, Rúben Amorim, Silas, Fábio Januário e Djurdjevic
Avançados: Meyong, Ahamada, Romeu, Dady e Paulo Sérgio

Ficaram de fora da convocatória: Vasco Faísca, Amaral, Pinheiro, Ricardo Araújo, José Pedro e Ceará, para além dos jogadores inscritos pela equipa júnior.

A minha equipa favorita seria:

Marco Aurélio;
Sousa, Rolando, Pelé e Rui Jorge;
Rui Ferreira;
Fábio Januário, Silas e Djurdjevic;
Meyong e
Romeu

Em 4-4-2 (4-1+3-1+1), com Fábio Januário e Djurdjevic bem abertos nas alas e em apoio aos defesas laterais. Silas ao centro é o médio livre, criativo, que pode beneficiar das movimentações dos avançados na zona próxima da área. Na frente Meyong, mais móvel, com o apoio dos médios-ala a causar desiquilíbrios e Romeu ao centro.

A equipa provável:

Marco Aurélio;
Sousa, Rolando, Pelé e Rui Jorge;
Rui Ferreira;
Fábio Januário, Ruben Amorim, Silas;
Ahamada;
Meyong

Em 4-4-2 (4-1+3-1+1), com Silas e Fábio a médios ala, Ruben a médio organizador e Rui Ferreira, mais recuado, a trinco. Ahamada, livre, a entrar a partir do meio-campo. Meyong a ponta de lança



Arbitragem: Nomeações

No que respeita à arbitragem regista-se a nomeação dos seguintes responsáveis:

Árbitro: Elmano Santos (AF Madeira).
Árbitros Assistentes: Sérgio Lacroix (AF Madeira) e Ricardo Santos (AF Lisboa).
Observador: Adelino Antunes.
Delegados: João Eusébio; Anacleto Santos; César Pereira.

Palavras para quê? É o futebol português. Quem não se lembra da habilidosa arbitragem deste senhor a época passada no F.C. Porto Belenenses? Na expulsão (2º amarelo) aos 20 minutos de Juninho Petrolina e estando este no chão foi agredido duas vezes por jogadores do Porto que nem amarelo levaram? Sobre ele é preferivel não dizer mais nada... nem é preciso, a não ser que é incrível que isto merece um protesto formal.

Quanto aos assistentes:
Neste jogo estreia-se, esta época, Sérgio Lacroix como árbitro assistente em jogos do Belenenses. Na época passada esteve em, nada mais nada menos do que quatro jogos do Belenenses. Rio-Ave 3 – Belenenses 3, Belenenses 2 – Rio Ave 1 (o jogo em que vencemos já reduzidos a 10 elementos, por uma polémica expulsão de Cabral aos 66 minutos), Belenenses 1 – Sporting 0 e Braga 2 – Belenenses 0.

Ricardo Santos não tem história prévia em encontros do Belenenses, nesta época nem na anterior.



Comentário

Não alinho muito nesta patranha de ver o Porto, especialmente o seu Presidente, como o Grande Satã do futebol português. Porquê? Certamente não será por achar que afinal ele é um santo. Antes pelo contrário.

Acontece é que tenho memória. E tenho memória suficiente para não excluir desse rol de malandros que dominam à vez os cordelinhos do futebol português com os dois pseudo-recorrentes-“amigos de Lisboa”. Tenho memória suficiente para me lembrar dos casos recentes com o Porto (vide César Peixoto) e aplicar, ao seu desfecho, a sentença de: saloíce “belenense” (entre aspas pois os belenenses a sério não são “saloios”).

Pelo contrário, recordo-me bem de diversos casos ocorridos no meu tempo de vida, com os clubes rivais de Lisboa, que muitos vêem como amigos (de novo a verdadeira saloíce – agora sem aspas). Além destes mais recentes podemos sempre recorrer um pouco aos tempos do total domínio dos centros decisionais pelos benfiquistas e sportinguistas, centros políticos e desportivos, em décadas e décadas consecutivas. Como temos aliás vindo a demonstrar sobejamente COM FACTOS na rubrica “Neste dia, em . . .”. Os interessados (não preconceituosos) que dêem uma vista de olhos. Os arquivos do site estão aí para isso.

Há quem tanto leve a peito essas “amizades” que partilha de igual interesse ou até menor paixão para as nossas cores do que para um deles (esses dois de Lisboa).
Recorrendo a uma metáfora que, contaram-me, está na moda, não serei um fundamentalista bombista ou assassino de inocentes, que não sou, mas não me peçam para chamar e tratar como (clube) amigo quem bombardeou e destruiu (ou tentou destruir e quase o conseguiu por várias vezes) a minha casa e família (Clube), ostensiva e praticamente desde que ela existe. Enquanto que do F.C. Porto só fomos alvo quando nos associámos aos tais “amigos de Lisboa”.

Pelo amor à paz, tolero e aceito civilizadamente a sua existência e presença, inevitável, em minha casa, dentro das regras normais de boa-educação, como deve ser, mas sou incapaz de comer na mesma mesa, de conviver socialmente com quem tanto nos desrespeitou sempre.
Para os menos familiarizados com a lingua portuguesa, saliento que me estou a referir às instituições, personificadas nos seus responsáveis ao longo do tempo e a uma franja de animais irracionais, mal comportados e não à generalidade dos adeptos, muitos dos quais, aliás, com quem me dou na perfeição e tenho grandes amizades.

Só que, adaptando o lema do velho Restaurador OLEX:
um belenenses às riscas verdes (ou de vermelho), ou um lagarto ou lampião de cruz de Cristo ao peito, não é natural. O que é natural e fica bem é cada um usar as cores com que “nasceu” (mesmo antes de disso ter consciência).

Agora poderão perguntar: mas isso faz-me gostar mais do Porto? Não! Não! E NÃO!
Não é gostar. É não desgostar tanto, no sentido em que se desgosta de quem SEMPRE nos prejudicou de todas as formas e feitios enquanto nos tratou falsamente como amigo (a lista é enorme). Estes pelo menos não (me) enganam com falinhas mansas. Se fomos gamados foi à vista de todos e na complacência dos artolas que então dirigiam os nossos destinos.

O F.C. Porto faz parte da tríade que domina o futebol português asfixiando (como se vai vendo agora de modo generalizado enquanto fecham clubes por todo o lado) tudo à sua volta. São, os três, o eucalipto do futebol português. Chupam tudo e nada à sua volta cresce desde que não sirva apenas os seus interesses particulares.

Francamente não estou à espera que alguém mais entenda isto. Que se dane, pouco me importa.

Façam o favor de somar 3 pontos logo à noite, sim?



Para terminar . . . um apelo que repetimos desde a primeira jornada disputada em casa esta época:



UM ADEPTO, UMA BANDEIRA!

Como diz o refrão da Fúria Azul...
“Tenho todo o orgulho, sou Belém até morrer”.

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Esse orgulho independente dos resultados só é beliscado pelo aspecto desolador das bancadas do Restelo, na maioria dos jogos, nos últimos anos.
Julgam que os jogadores não se sentem abatidos ou empolgados, respeitadores ou alheios à grandeza do clube, conforme o aspecto das bancadas? Temos a certeza absoluta que sim.

Hoje vimos novamente colocar uma sugestão perante os que já costumam ir.
O Restelo precisa de mais som – das nossas gargantas e dos nossos aplausos – e também de mais cor – logicamente, da nossa cor azul.
Esse colorido pode ser dado por cachecóis mas é muito mais impressivo – para todos nós, para os nossos jogadores e para os adversários – se for através de bandeiras. E, infelizmente, também estas se têm sumido do nosso Estádio.

Que tal voltar a levá-las connosco? Por favor, não fiquemos só a pensar. Vamos fazê-lo mesmo: cada um de nós, adquiramos (se não a temos em casa) uma bandeira, levemo-la para os jogos, agitemo-la quando as equipas entram em campo, quando marcamos um golo, quando o apoio se faz mais necessário.

Vamos continuar a ser uns tipos que exigem e resmungam umas coisas, vamos encolher os ombros numa atitude comodista, ou vamos fazer a nossa parte?

Guardemos a energia para a apoiar a nossa equipa e dar colorido e alegria ao Restelo, em vez a desperdiçar a assobiar os nossos jogadores ou a insultar adversários!