sexta-feira, 10 de fevereiro de 2006

BELENENSES vs FC Porto (ANTEVISÃO)

A única certeza que tenho para amanhã é a de que, algures pelas nove e tal da noite, um ramo de flores estará ao pé da estátua do Pepe.
Não tenho mais nenhuma.

Penso que o jogo será de tripla.

Comecemos pelos corretores:

Eis a cotação que nos dá menos hipóteses
Vitória nossa: - 4.5
Empate - 3.2
Vitória deles - 1.6

Eis uma outra cotação que nos dá mais hipóteses.
Vitória nossa -3.6
Empate -3.2.
Vitória deles -1.9

É raro ver uma coisa assim. Nem os corretores se entendem. A nossa vitória tanto pode pagar 4.5, como 3.6. Nunca vi uma tão grande discrepância!

Para baralhar isto tudo, Couceiro (em clara jogada psicológica) disse que este jogo nem era importante. Aos microfones da Antena 1, ouvi eu Couceiro dizer que importante era o próximo contra o Estrela. Este, enfim, “é só mais um jogo!”.
Couceiro fê-lo, penso, para “tirar o peso” de cima dos jogadores. Percebo a jogada, embora discorde do pressuposto de base. Na minha concepção, não se fazem equipas tentando tirar-lhes pesos de cima. As equipas fazem-se aceitando todos os pesos que lhe derem e aprendendo a suportá-los. Mas, enfim….

Agora, a grande questão é: que Belenenses vamos ter em campo contra o Porto?.
Aquele aberrante 4-6-0 contra o Sporting, mijado de medo e reverência?
Ou um Belenenses arrojado, a tentar ganhar?
Ou, ainda, um Belenenses “falsamente descontraído”, ficcionando a não importância do jogo, a jogar um futebol “aberto” e “agradável”?

Não sei.

Suponho que entraremos de forma menos aberrante do que contra o Sporting. O resultado vergonhoso dessa “estratégia” fará recuar Couceiro desses propósitos.

Mais do que isto, não consigo antever.

Chegámos a uma altura da época em que já não interessam “vitórias morais” ou jogos que se perdem mas em que “se ganham equipas”. Interessam os 3 pontos.

E interessa também o nosso orgulho.

Em jogo grande, o nosso orgulho está em jogo.

Ganhar significa elevá-lo.

Os estatutos de grandeza passam por estes jogos, apesar de tudo, muito mais do que pela Reboleira.
Pelo menos, penso eu de que...