Tristemente, passou mais uma semana, sem que os nossos dirigentes ou o treinador se dirigissem aos adeptos. (Alguns talvez estejam mais ocupados a ler blogs, I´m afraid...).
Nada foi dito que mobilizasse os belenenses, que lhes dirigisse um apelo e uma palavra de ânimo, numa altura em que o clube luta para sobreviver.
A derrota com o F.C.Porto foi, por eles, responsáveis, assumida como uma coisa normal, tão “normal” como o 13º lugar, um ponto acima da linha de água, que ocupamos. Não esperava outra coisa: já vi os dirigentes que (não) temos e nem por um instante tive ilusões quanto ao treinador. Este, de resto, foi claro quanto ao jogo com o F.C.Porto: não era importante!!! E, visivelmente, a equipa assumiu que não era importante, para nossa vergonha e desgosto.
No entanto, o mesmo José Couceiro afirmou que o jogo com o Estrela é uma final. Infelizmente, ele consegue ter razão. Contribuiu bastante para ter razão, por vários motivos, maus todos eles.
Num parêntesis, é claro que a declaração deveria ter sido ao contrário. Deveria ter-se incutido ambição contra o Porto, e tirado carga psicológica contra o Amadora. Mas temos o treinador que temos, que resulta de termos os dirigentes que temos.
Pois sim, Couceiro, por todos os seus erros e dislates, consegue ter razão. Relembremos: pegou na equipa há quase 5 meses atrás, com 26 jornadas para disputar. Havia tempo para tudo, até para atacar os primeiros lugares. O União de Leiria, treinado pelo Jorge Jesus - que não fala bem nem agrada aos jornalistas, mas apresenta resultados - , esteve 8 pontos atrás de nós e agora está 6 pontos à frente; o Boavista, a seguir à nossa vitória em Coimbra, tinha só mais 3 pontos que nós; 6 jornadas volvidas, tem mais 13 pontos. Etc...
Couceiro não conseguiu dar à equipa a alegria e a motivação de jogar, quando faltavam muitas jornadas, e a pressão era menor; não conseguiu criar um fio de jogo; reviu em baixa todos os objectivos anunciados para esta época; depois da vitória em Coimbra, quando podia olhar para cima, teve um discurso miserabilista e derrotista, olhando para baixo. Perdemos logo a seguir contra o Gil Vicente em casa, nas condições em que sabemos... e por aí fora. Erros atrás de erros. Absurdo atrás de absurdo. Fraqueza atrás de fraqueza.
E agora, sim, Couceiro, por demérito, tem razão: é quase uma final. Perder na Amadora deixaria um cenário muito, muito negro.
No entanto, vamos ser claros. Empatar, também não é um bom resultado. Infelizmente, acredito que Couceiro tenha na cabeça que o empate é bom; mas não é. E não é, por três razões: porque só um ponto, com o calendário que teremos, é pouco; porque temos melhor plantel (já nem falo em história) que o nosso adversário; porque é um jogo que disputamos quase em casa. Se não ganharmos na Amadora, onde iremos ganhar?
Logicamente, deveríamos quase jogar em casa. Mas já não sei nada. Tempos havia, em que as cores azuis do Belenenses enchiam a Amadora. Como vai ser Domingo? Vamos ver. Eu lá estarei, porque não quero estar ausente num momento tão difícil da vida do Belenenses. Incito todos a ir. Estou, como outros, desgostoso (ou pior) com Direcção, SAD e treinador. Mas é o Belenenses que está em causa. Compreendo o desânimo dos que não vão mas era bom que fossemos muitos.
Aos nossos jogadores, que podemos dizer? Couceiro e os dirigentes que temos, convenceram-nos que eles não prestam para nada, da única maneira que não podiam nem deviam fazer. Estaria bem, se o discurso fosse “vocês podem ir longe, porque o Belenenses é um grande clube e vocês têm potencial; vocês têm estado mal, têm que ter vergonha disso e trabalhar; e vamos pôr-vos a trabalhar e a lutar no duro – e ai de quem não corresponder”. Mas a mensagem foi outra: “coitadinho do Belenenses e coitadinhos de vocês que estão num clube assim; ainda por cima, põem-vos uma grande pressão (!!!!) em cima, coitadinhos, exigindo dos fracos jogadores que vocês são, feitos impossíveis; nós, caridosamente, vamos tirar-vos essa carga emocional e esmagadora; e garantimo-vos que, se ficarem em 14º lugar, a nossa gratidão não terá limites”.
Que podemos, pois dizer? Que lutem? Mas vale a pena dizermos? A única coisa que podemos, todos, fazer, é estar lá, apoiantes mas críticos, em ambos os casos de forma veemente. Calculo que haja nos nossos responsáveis quem não goste de ouvir isto, quem preferisse que não se desse por nada. Ausentarmo-nos, é fazer-lhes a vontade...
Que prevejo? Não sei. Não quero ouvir falar em empates; nem quero pensar em perder; mas, em síntese, não sei. Uma única coisa sei: precisamos de ganhar!
Nada foi dito que mobilizasse os belenenses, que lhes dirigisse um apelo e uma palavra de ânimo, numa altura em que o clube luta para sobreviver.
A derrota com o F.C.Porto foi, por eles, responsáveis, assumida como uma coisa normal, tão “normal” como o 13º lugar, um ponto acima da linha de água, que ocupamos. Não esperava outra coisa: já vi os dirigentes que (não) temos e nem por um instante tive ilusões quanto ao treinador. Este, de resto, foi claro quanto ao jogo com o F.C.Porto: não era importante!!! E, visivelmente, a equipa assumiu que não era importante, para nossa vergonha e desgosto.
No entanto, o mesmo José Couceiro afirmou que o jogo com o Estrela é uma final. Infelizmente, ele consegue ter razão. Contribuiu bastante para ter razão, por vários motivos, maus todos eles.
Num parêntesis, é claro que a declaração deveria ter sido ao contrário. Deveria ter-se incutido ambição contra o Porto, e tirado carga psicológica contra o Amadora. Mas temos o treinador que temos, que resulta de termos os dirigentes que temos.
Pois sim, Couceiro, por todos os seus erros e dislates, consegue ter razão. Relembremos: pegou na equipa há quase 5 meses atrás, com 26 jornadas para disputar. Havia tempo para tudo, até para atacar os primeiros lugares. O União de Leiria, treinado pelo Jorge Jesus - que não fala bem nem agrada aos jornalistas, mas apresenta resultados - , esteve 8 pontos atrás de nós e agora está 6 pontos à frente; o Boavista, a seguir à nossa vitória em Coimbra, tinha só mais 3 pontos que nós; 6 jornadas volvidas, tem mais 13 pontos. Etc...
Couceiro não conseguiu dar à equipa a alegria e a motivação de jogar, quando faltavam muitas jornadas, e a pressão era menor; não conseguiu criar um fio de jogo; reviu em baixa todos os objectivos anunciados para esta época; depois da vitória em Coimbra, quando podia olhar para cima, teve um discurso miserabilista e derrotista, olhando para baixo. Perdemos logo a seguir contra o Gil Vicente em casa, nas condições em que sabemos... e por aí fora. Erros atrás de erros. Absurdo atrás de absurdo. Fraqueza atrás de fraqueza.
E agora, sim, Couceiro, por demérito, tem razão: é quase uma final. Perder na Amadora deixaria um cenário muito, muito negro.
No entanto, vamos ser claros. Empatar, também não é um bom resultado. Infelizmente, acredito que Couceiro tenha na cabeça que o empate é bom; mas não é. E não é, por três razões: porque só um ponto, com o calendário que teremos, é pouco; porque temos melhor plantel (já nem falo em história) que o nosso adversário; porque é um jogo que disputamos quase em casa. Se não ganharmos na Amadora, onde iremos ganhar?
Logicamente, deveríamos quase jogar em casa. Mas já não sei nada. Tempos havia, em que as cores azuis do Belenenses enchiam a Amadora. Como vai ser Domingo? Vamos ver. Eu lá estarei, porque não quero estar ausente num momento tão difícil da vida do Belenenses. Incito todos a ir. Estou, como outros, desgostoso (ou pior) com Direcção, SAD e treinador. Mas é o Belenenses que está em causa. Compreendo o desânimo dos que não vão mas era bom que fossemos muitos.
Aos nossos jogadores, que podemos dizer? Couceiro e os dirigentes que temos, convenceram-nos que eles não prestam para nada, da única maneira que não podiam nem deviam fazer. Estaria bem, se o discurso fosse “vocês podem ir longe, porque o Belenenses é um grande clube e vocês têm potencial; vocês têm estado mal, têm que ter vergonha disso e trabalhar; e vamos pôr-vos a trabalhar e a lutar no duro – e ai de quem não corresponder”. Mas a mensagem foi outra: “coitadinho do Belenenses e coitadinhos de vocês que estão num clube assim; ainda por cima, põem-vos uma grande pressão (!!!!) em cima, coitadinhos, exigindo dos fracos jogadores que vocês são, feitos impossíveis; nós, caridosamente, vamos tirar-vos essa carga emocional e esmagadora; e garantimo-vos que, se ficarem em 14º lugar, a nossa gratidão não terá limites”.
Que podemos, pois dizer? Que lutem? Mas vale a pena dizermos? A única coisa que podemos, todos, fazer, é estar lá, apoiantes mas críticos, em ambos os casos de forma veemente. Calculo que haja nos nossos responsáveis quem não goste de ouvir isto, quem preferisse que não se desse por nada. Ausentarmo-nos, é fazer-lhes a vontade...
Que prevejo? Não sei. Não quero ouvir falar em empates; nem quero pensar em perder; mas, em síntese, não sei. Uma única coisa sei: precisamos de ganhar!