Foi um dos períodos de grande fulgor do Belenenses.
Com esta vitória sobre os nossos rivais de encarnado, sempre saborosa, e aqui, acrescidamente, por ter sido em casa deles, o Belenenses instalava-se na frente do Campeonato, que bem poderia ter ganho, e de que só foi afastado (concluímos em 3º lugar, empatados em pontos com o 2º) por factos anómalos, que já anteriormente descrevemos (cfr. 28 de Janeiro).
No entanto, os grandes campeões reagem à adversidade com uma postura tenaz e categórica.
E que grandes jogadores tinha esta equipa: Amaro, Artur Quaresma, Vasco, Feliciano, Capela, Serafim...tantos!
Se fomos espoliados do Campeonato Nacional de 1944/45, logo nos desforraríamos vencendo o Campeonato Nacional (e, antes disso, o Campeonato de Lisboa) de 1945/46.
(A título de curiosidade, refira-se que nesta época, 1944/45, defrontámos 6 vezes o Benfica, registando-se 3 vitórias para cada lado.
Quer no Campeonato de Lisboa, quer no Campeonato Nacional, perdemos em casa e ganhámos fora.
Para a Taça de Portugal foi ao contrário: ganhámos 5-4 em casa mas perdemos 7-1 fora, naquela que constituía, então, a nossa maior derrota de sempre contra o Benfica.
No entanto, até então, eram mais as goleadas que infligiramos ao Benfica do que aquelas que deles tínhamos sofrido).