terça-feira, 28 de fevereiro de 2006

Neste dia, em . . .

1926 – Um dos mais famosos “1/4 hora à Belenenses”: A perder 1-4 com o Benfica, vitória no final por 5-4

Durante décadas, o quarto de hora à Belenenses foi uma imagem de marca do nosso clube, símbolo de arreganho, de vontade de lutar e vencer, de superar adversidades, de transcender-se quando as coisas estavam a correr mal, de nunca quebrar nem se conformar.
Cruzavam-se os incentivos do público azul com o derradeiro e titânico esforço dos nossos jogadores.

Lembremos que até o Campeonato Nacional de 1946 foi assim conquistado, quando, no último jogo, em Elvas, se recuperou a desvantagem, que nos retiraria o título, para uma vitória por 2-1.

A primeira vez que tal aconteceu foi, curiosamente, logo no 1º jogo com o Benfica. A perder por 1-0, o Belenenses, nos últimos quinze minutos, deu a volta ao jogo e ganhou 2-1 (cfr. 25 de Janeiro).

Nesta data, foi outra vez o Benfica a ceder perante o espírito indomável do Belenenses de então. (Muito confundida anda a Leonor Pinhão, nos seus delírios benfiquistas, quando há tempos teve o descaramento de falar no “quarto de hora à Benfica” – até nisso querem reescrever a história e mancar a nossa grandeza!).
Tratava-se de um jogo para o Campeonato de Lisboa, justamente o primeiro que conquistámos, na época de 1925/26.


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O Benfica era o visitado e, a um quarto de hora do fim, ganhava por 4-1. Com ânimo heróico, a equipa do Belenenses não se deu por vencida: reduziu para 2-4, depois para 3-4. Porfiou ainda com mais tenacidade, lutando contra o cansaço e o valor do adversário, e conseguiu o empate: 4-4.


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Satisfeitos? Não! O Belenenses de então não tinha limites na sua ambição, no seu ânimo triunfador. Continuou a atacar, até que, mesmo no último minuto, um defensor encarnado travou um dos nossos avançados em falta. Grande penalidade! A quem caberia assumir a responsabilidade de marcar? A decisão foi tomada pelo grande Augusto Silva: apontou para o mais jovem dos nossos jogadores, com 18 anos recém-completados, e indicou “Marcas tu!”. Atónito, o jovem, reverente perante o grande capitão, perguntou: “Eu, Senhor Augusto?!”. Sim, era ele mesmo. José Manuel Soares – o Pepe! O golo foi marcado, Pepe começou o seu percurso de glória (tragicamente interrompido), o Belenenses ganhou por 5-4, e houve uma festa imensa entre a nossa gente!


Era isto o Belenenses! E hoje, é esta vergonha indigna!!!


1956 – É criado, em Assembleia-Geral, o Conselho-Geral

Órgão cuja existência e/ou competências muitas vezes têm sido discutidas e questionadas, o Conselho-Geral foi criado nesta data.

Na mesma Assembleia-Geral foram eleitos 42 membros, a acrescer a 33 membros natos.