terça-feira, 28 de março de 2006

O mais forte alicerce do clube

A minha ideia inicial para este post era dissertar sobre o (péssimo) estado de alma em que vive a nossa massa adepta.
Não é desta época, mas nesta época agudizou-se.
Em termos “populares”, demos um ar da nossa graça no último jogo no Restelo contra o Braga, cujo significado, porém, foi algo turbado pelo contexto de a mobilização se ter feito com recurso à borla, exemplo, aliás, seguido um pouco por todo o lado após o “fenómeno Guimarães” que enlevou a sociedade futebolística nacional.
Sejamos realistas: o Belém precisa de recuperar a sua (ainda vasta, mas muitíssimo desmotivada) massa adepta para a vivência do clube. Só assim o Restelo se voltará realmente a compor de público.
A minha teoria é simples: essa massa recupera-se para a causa não só com resultados, mas com uma nova cultura, uma nova mentalidade, uma nova linguagem.
O estádio só se enche se as pessoas sentirem no dia-a-dia que pertencem a um clube que joga ao fim de semana.
Se não se conseguir alimentar uma nação clubística dessa forma, o clube morre.
Por aqui me fico em termos de teorias.

Prefiro, desta vez, deixar uma imagem, com a qual me cruzei um dia destes.


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Será fácil perceber que bancada é esta. É a nossa bancada, o verdadeiro coração do Povo da Cruz.

Na primeira frase abaixo da legenda diz-se aquilo que, no fundo, é o essencial da minha teoria.

É simples, muito simples.

Esta imagem foi extraída da página 221 do livro “Camisola Azul e Cruz ao Peito”, escrito por Homero Serpa, numa espécie de homenagem a Acácio Rosa, aquele que, segundo o autor, “mais vezes do que ninguém (…) vestiu a camisola azul com a Cruz de Cristo ao peito”. A edição é da Livraria Portugal, do ano de 1965.