1990 – Belenenses vence F.C. Porto, até então líder invicto
A época seguinte à Taça de Portugal começou sob o signo da desilusão.
Fracas assistências (a desmentir a tese simplista de que as assistências dependem - só - dos resultados), seguidamente maus resultados, eliminação da Taça das Taças às mãos do Mónaco, perda da Supertaça face ao Benfica, defesa instável (desastre na Amadora, derrota por 4-1), enfim, tudo diferente do que sonháramos na tarde de 28 de Maio de 1989...
As coisas melhoraram com a chegada do treinador Moisés Andrade, de alcunha “o Xerife”, que acabara de pôr termo a um jejum de títulos do Botafogo.
Estivemos bem perto de nova presença na Final da Taça. Aos 45 minutos da meia-final, ganhávamos 1-0 ao Farense; acabámos por perder 2-1.
No Campeonato, fizemos uma prova excelente em casa: quinze vitórias e dois empates (Benfica e Vitória de Setúbal), nenhuma derrota, só dois golos sofridos (Braga e Penafiel).
Fora, foi exactamente o contrário: só uma vitória (2-0 em Setúbal) e três empates (um deles, com o Nacional, transformado em derrota na “secretaria”, devido a uma falha administrativa nossa). Ficámos em sexto lugar.
Neste fim-de-semana, o Belenenses ganhou todos os jogos em que participou, em todas as modalidades – facto, obviamente, raro, pelo menos nas últimas décadas. No entanto, a grande alegria veio desta vitória, no Futebol Sénior, sobre o F.C. Porto.
O Belenenses jogou muito bem e o golo de Macaé, aos 70 minutos, pôs justiça no resultado, tanto mais que já ficara uma grande penalidade a nosso favor por assinalar.
Foi um golo portentoso: Macaé recebeu a bola, simulou, tirou um defesa portista do caminho, e arrancou, ainda de fora da área, um tiro indefensável.
Assistiram ao jogo quase 25.000 pessoas e o Belenenses continuava em quinto lugar.
O F.C.Porto perdeu a sua invencibilidade e teve que adiar a festa do título que se preparava para fazer nesta 31ª de um total de 34 jornadas.