terça-feira, 18 de abril de 2006

NICOLA ou CHAVE D'OURO?


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Nota: este post foi escrito a meias com Eduardo Torres

Mas, o que é que dois nomes de cafés fazem neste blog? - perguntarão

Fazem muito.

De facto, nos tempos em que o Belenenses era Belenenses, a sua vida encontrava-se presa entre duas tertúlias, cada uma com o seu café.
A explicação pode-se ler em Homero Serpa "Camisola Azul e Cruz ao Peito", página 368, Livraria Portugal, Lisboa 1965, a cuja obra, já aqui anteriormente transcrita presto, assim, mais uma homenagem.
Ei-la:
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Estamos perante um facto que ajuda a perceber a questão ecléctica do Clube. A sua "chave" está, precisamente, no "Chave D'ouro". A discussão é oportuna.

Face à frase a sublinhado, como encarar o nosso ecletismo (salvo seja) de hoje?
Na altura, Acácio Rosa resolveu pagar do seu bolso, por inteiro, as despesas com as modalidades amadoras (ou pobres, como então se chamavam). Este acto sensibilizou os atletas dessas modalidades, que se disponibilizaram, também eles, a contribuir. Eles gostavam do Belenenses como um todo - do CLUBE DE FUTEBOL OS BELENENSES - e, aliás, as modalidades extra-futebol iniciaram-se no nosso clube por iniciativa de futebolistas, que assim complementavam a sua actividade desportiva.
O ecletismo actual tem alguma coisa a ver com isto? Não, nada: hoje em dia há orçamentos milionários, Acácio Rosa é gozado, a maior parte dos praticantes (e utentes das piscinas) estão a marimbar-se para o futebol do Belenenses (bem hajam as excepções, como por exemplo o João Pinto do andebol ou malta do Futsal) e até são capazes de ir ao Restelo puxar pelo Benfica ou Sporting, na papelaria das piscinas vende-se e exibe-se orgulhosamente o Jornal do Sporting, o Basquetebol que em 1945 venceu o Campeonato Nacional, a Taça de Portugal e o Campeonato de Lisboa, não ganha nada, em seniores há 47 anos.
Hoje, a chave de ouro é outra...