Apesar das elevadas tradições conquistadoras do Râguebi do Belenenses, que se reflecte no seu excelente palmarés, o título máximo do Râguebi nacional fugia já deste a época de 1974/75.
Neste domingo à tarde, dia 4 de Maio de 2003, o Belenenses reconciliar-se-ia com o seu destino, conquistando o quinto título de Campeão Nacional Sénior de Râguebi.
Num modelo bastante diferente das últimas épocas, em que o Campeão era achado no sistema simples mas mais premiador da regularidade pura – o “todos contra todos” em duas voltas – o Belenenses venceria, nesta data e no Restelo, a equipa de Agronomia por 27-16, conquistando então os pontos suficientes para se sagrar desde logo Campeão Nacional.
Foi um jogo carregado de emoção e entusiasmante para todos os que a ele assistiram, apesar do natural nervosismo, em virtude da importância do momento, que em determinados períodos pareceu apoderar-se dos jogadores belenenses. A desvantagem no marcador verificou-se sempre no início dos períodos do jogo, mas a valorosa equipa sempre soube dar a volta, contrariando o mau presságio da expressão (infelizmente tantas vezes repetida): os “Rapazes da Praia” nela “morreram”.
Este momento foi também uma demonstração de que esta é uma modalidade muito acarinhada pelos belenenses, que junta a popularidade à sobriedade e produtividade da sua gestão, na proporção directa da efusividade e entrega dos praticantes e do seu “amor à camisola”, sempre patente em campo ao longo das décadas que já leva de existência no Belenenses.
E foi essa mesma efusividade e entrega que permitiu à equipa do Belenenses a vitória final num jogo que foi tudo menos fácil de vencer.
Deixamos, para a posteridade, os nomes dos Campeões Nacionais:
Jogadores:
Fernando Esteves, José Carlos, Paulo Santos, Cristian Spachuk, Fernando Murteira, Pedro Jorge, Rodrigo Silveira, Mata Pereira, Lourenço Andrade, Vaz Pinto, Manuel Ferrão, João Uva, António Cunha, João Cabral, Gonçalo Lucena, Miguel Fernandes, Walter Libutti, Valter Ferreira, Bruno Nifo, Pedro Neto, Francisco Moreira, Miguel Onofre, Miguel Falcão, Pedro Murinello, Diogo Mateus, David Mateus, Nuno Mello, Frederico Abecassis, André Pereira, Boneville, Diogo Pinheiro, Sebastião Cunha, Francisco Cunha e João Mirra.
Técnicos:
Albertino Minhoto e Fernando Silva.
Corpo Clínico:
António Granger (médico) e José Carlos (fisioterapeuta).
Dirigentes: Miguel Barreiros, Manuel Fonseca e Costa , António Henriques e João Mirra.