Porto, 24 de Setembro de 2005
Tão distante nos parece hoje este dia. E não foi assim há tanto tempo.
Com todo (o maior) respeito, tanto pelo autor da fotografia como para o adepto e apoiante incondicional do Belenenses (eu também lá estava), a quem aproveito para enviar os meus solidários cumprimentos, isto para mim é o que diz o título deste post. Um sentimento de esperança que nos animou durante as quatro primeiras semanas deste fatídico campeonato.
Também eu quis sonhar. Afinal, depois de todos os avisos, alertas para os perigos e de todos os insultos cobardes a que todos os que alertaram para o que podia acontecer face ao desleixo a que assistiamos sofreram... estamos todos neste pesadelo.
Tive medo todo este tempo, mas tive sempre uma ténue esperança, mesmo nos piores momentos de que houvesse um assomo de honra e brio de todos aqueles que podiam ter alterado o rumo dos acontecimentos. Dos que jogaram, dos que treinaram e dos que dirigiram.
Queria terminar este apontamento referindo que de forma nenhuma deve ser entendido como gozo às esperanças de ninguém. Antes pelo contrário.
O que é importante é que as pessoas, todos nós Belenenses, aprendamos com os nossos erros e saibamos avaliar melhor as nossas escolhas e as nossas posições. Esta última frase, face ao venho assistindo, parece-me impossível de realizar.
Não percamos as nossas esperanças e ainda menos a nossa capacidade de apoiar o Belenenses. Por isso parece-me que todos deveríamos reflectir profundamente nas causas, já que temos de viver com as consequências.