sexta-feira, 4 de agosto de 2006

Neste dia, em . . .

1930 – João Luís Moura é o primeiro sócio a receber Cruz de Ouro (o mais alto galardão do Clube)

João Luís de Moura foi o quinto presidente eleito do Belenenses. Presidente da Direcção de 1925 a 1931, foi um dos grandes responsáveis pela obtenção dos terrenos das Salésias (15 de Dezembro de 1926) para a construção do parque desportivo do Belenenses, ao mesmo tempo que ficava ligado a retumbantes vitória do nosso clube nas grandes competições da época, com destaque para dois Campeonatos de Portugal e três Campeonatos de Lisboa.

Como mais adiante se pode ver (6 de Agosto), João Luís de Moura foi também Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, o que demonstra o reconhecimento que mereceu.

A Presidência de João Luís de Moura, no período inicial do Belenenses, deixou a sua marca nos seguintes acontecimentos mais relevantes:

No campo desportivo:
– Campeão de Portugal de Futebol (1927, 1929).
– Vice-Campeão de Portugal em Futebol (1926).
– Campeão de Lisboa em Futebol (1926, 1929 e 1930).
– Vice-Campeão de Lisboa em Futebol (1925, 1927 e 1931).
– Belenenses vence, em Espanha, o Real Madrid por 3-0 (1930).
– Campeão de Lisboa de Infantis em Futebol (actualmente juniores; 1926).
– Vice-Campeão Nacional de Atletismo, em Equipas Masculinas (1929).
– Início da actividade da Natação (1925); Polo-Aquático e Ciclismo Feminino (1926); Basquetebol e Ténis de Mesa (1927); Râguebi e Hóquei em Campo (1928).

No campo associativo e organizativo:
– Posse dos Terrenos das Salésias e começo das obras em 1926. Primeiro jogo em 1928. Inauguração do corpo central de bancadas no Estádio das Salésias (1931).
– Abertura da nova Sede na Rua da Junqueira (1926).
– Em 1926 surgem as duas primeiras filiais do Belenenses e em 1930 é aberta uma filial em Paris.
– Clube cresce de 1659 sócios (1926) para 2.000 sócios em (1931).

Em 4 de Agosto de 1930, devido aos elevados serviços prestados ao Belenenses e ao desporto nacional, João Luís de Moura seria agraciado com a máxima distinção atribuível a um sócio – a “Cruz de Cristo de Ouro – Dedicação e valor”, destinada a tributar o reconhecimento do Clube por serviços prestados de excepcional merecimento.

Actualmente, segundo os Estatutos do Clube (Artigo 61º), a atribuição deste galardão é competência da Assembleia-Geral, sob proposta da Direcção e colhendo o parecer favorável do Conselho Geral. Para tal, necessita da aprovação da Assembleia-Geral, por maioria qualificada de dois terços dos Sócios presentes.

Até 2005 são os seguintes os sócios que receberam esta elevada distinção:

04/08/1930 – João Luís de Moura
01/09/1930 – António Maria Ribeiro
29/01/1944 – Francisco Reis Gonçalves
07/04/1945 – Armando Filipe de Silva
06/02/1947 – Acácio Rosa e Francisco Mega
30/01/1953 – Américo Deus Tomás
30/03/1960 – Francisco Soares da Cunha
09/06/1965 – António Champalimaud
09/06/1969 – Eduardo Scarlatti
20.09.1969 – Salustiano José Lopes
31/12/1971 – Manuel Cordo Boullosa
30/11/2001 – José Augusto do Vale
04/06/2002 – Fernando Olavo Gouveia da Veiga
28/11/2002 – Manuel de Sousa Ramos
29/11/2005 – José Coelho da Fonseca