terça-feira, 30 de agosto de 2005

Neste dia, em . . .

1965 – Homenagem a Mariano Amaro (capitão da equipa campeã em 1946)

Mariano Amaro foi um dos maiores – mas maiores realmente, num grupo muitíssimo restrito – jogadores de sempre do Belenenses. Conquistou um Campeonato Nacional, uma Taça de Portugal e dois Campeonatos de Lisboa. Estreou-se no nosso clube em 1934 e deu por terminada a sua carreira em 1948: na véspera de uma final da Taça de Portugal, que perdemos para o Sporting, abateu-se sobre ele e sobre a equipa o duro golpe de saber que, por doença, tinha que abandonar o futebol (já antes tivera uma prolongada enfermidade, que o deixou inactivo quase uma época inteira).
Para todos os belenenses que o viram jogar, Amaro era uma figura que infundia o maior respeito. E foi também, durante várias épocas, Capitão de Equipa – por exemplo, da que foi Campeã Nacional ou da que inaugurou o Estádio do Real Madrid.
Em termos nacionais, foi igualmente um dos melhores jogadores de sempre. Foi 19 vezes internacional – na altura, o 3º maior número de internacionalizações, liderando esse ranking o também nosso Augusto Silva, com 21. Na altura (para mais com a 2ª Guerra Mundial pelo meio), os jogos internacionais rareavam; caso contrário, o score alcançado teria sido substancialmente maior. Num dos jogos em que representou a Selecção Nacional, foi Amaro e outros jogadores do Belenenses que corajosamente se recusaram a fazer a saudação fascista, eufemisticamente chamada de olímpica.Segundo consta de um dos livros de Acácio Rosa, a festa de 30 de Agosto de 1965 incluiu um jogo treino de 40 minutos dos Juniores contra os Principiantes (ambas as equipas eram treinadas por Amaro); homenagem dos clubes das 1ª e 2ª Divisões de futebol e das Filiais, Casas e Delegações do Belenenses; um jogo-saudade entre as equipas do Belenenses Campeã Nacional em 1946 e vencedora da Taça de Portugal em 1960; um jantar no Pavilhão dos Desportos Náuticos. Amaro completara então 50 anos de vida.