Depois de na 1ª parte deste artigo termos falado sobre os proveitos inscritos no Relatório e Contas 2004/2005 da nossa SAD, hoje vamos falar sobre os custos. Os custos, ou o chamado orçamento da SAD, vão muito para além daquilo que se convenciona chamar custos com pessoal, ou orçamento do plantel. Senão vejamos o que está inscrito no Relatório, no item custos:
No passado dia 28 de Julho, na Assembleia Geral da SAD de “Os Belenenses”, o Presidente da Administração da SAD, Eng.º Barros Rodrigues, durante a excelente apresentação que fez do Relatório&Contas de 2004/2005, salientou o facto de no futuro dever haver uma alteração do modelo de financiamento da SAD, nomeadamente no sentido de incrementar os proveitos operacionais através de 2 vectores:
- Fornecimentos e Serviços Externos (custos com empresários e prémios de assinatura dos jogadores, as chamadas “luvas”, como adiante veremos) 2.046.931 € - 31%
- Impostos 13.094 € - 0,3%
- Custos com Pessoal (o tão falado Orçamento) 3.873.880 € - 60%
- Outros Custos e Perdas Operacionais 51.091 € - 0,8%
- Amortizações do Exercício 404.553 € – 6,2%
- Outros Custos e Perdas Financeiras 57.279 € – 0,8%
- Custos e Perdas Extraordinárias 61.535 € – 0,9%
- Total 6.508.363 € - 100%
Na rubrica Custos está escrito o seguinte, e passo a citar: “Na óptica dos custos, a evolução também foi significativa, embora se verifique um incremento relativo inferior ao que foi observado nos proveitos. De registar que enquanto os Custos com Pessoal se mantiveram estáveis, os FSE’s conheceram uma subida significativa fundamentalmente graças ao incremento da conta “Honorários” e da sub-conta “Serviços por Contratação de Jogadores”. Trata-se de uma realidade actual do mercado que aponta para a necessidade de actuar junto dos agentes desportivos como instrumento necessário para a contratação de atletas, com o consequente incremento de custos.”
Ou seja, está, de uma vez por todas, desmontada a teoria dos jogadores a custo zero.
Não há jogadores a custo zero. Se os jogadores a contratar estão, ou vão ficar, em final de contrato, aparecem os prémios por assinatura, as chamadas “luvas”, ou as comissões dos empresários, como o Eng.º Barros Rodrigues afirmou de viva voz na Assembleia, relativamente ao item “Fornecimento e Serviços Externos”.
Na prática isto significa que o orçamento do Belenenses para o Futebol não é de cerca de 3,9 M €, mas sim de 6,5 M€.
O mais importante, para mim, que se deve ressalvar desta análise é que, não é só com os jogadores “comprados” que se deve ter cuidado na sua escolha. Também aqueles que se diz que vêm a “custo zero” devem ser cuidadosamente analisados, pois muitas vezes trazem custos, e prejuízos, maiores do que aqueles que se “compram” efectivamente.
É necessário travar esta escalada de custos, mas, essencialmente, é necessário aumentar os proveitos. Como? Aumentando as receitas de bilheteira e valorizando os nossos principais activos, ou seja, os jogadores.
No passado dia 28 de Julho, na Assembleia Geral da SAD de “Os Belenenses”, o Presidente da Administração da SAD, Eng.º Barros Rodrigues, durante a excelente apresentação que fez do Relatório&Contas de 2004/2005, salientou o facto de no futuro dever haver uma alteração do modelo de financiamento da SAD, nomeadamente no sentido de incrementar os proveitos operacionais através de 2 vectores:
- Fornecimentos e Serviços Externos (custos com empresários e prémios de assinatura dos jogadores, as chamadas “luvas”, como adiante veremos) 2.046.931 € - 31%
- Impostos 13.094 € - 0,3%
- Custos com Pessoal (o tão falado Orçamento) 3.873.880 € - 60%
- Outros Custos e Perdas Operacionais 51.091 € - 0,8%
- Amortizações do Exercício 404.553 € – 6,2%
- Outros Custos e Perdas Financeiras 57.279 € – 0,8%
- Custos e Perdas Extraordinárias 61.535 € – 0,9%
- Total 6.508.363 € - 100%
Na rubrica Custos está escrito o seguinte, e passo a citar: “Na óptica dos custos, a evolução também foi significativa, embora se verifique um incremento relativo inferior ao que foi observado nos proveitos. De registar que enquanto os Custos com Pessoal se mantiveram estáveis, os FSE’s conheceram uma subida significativa fundamentalmente graças ao incremento da conta “Honorários” e da sub-conta “Serviços por Contratação de Jogadores”. Trata-se de uma realidade actual do mercado que aponta para a necessidade de actuar junto dos agentes desportivos como instrumento necessário para a contratação de atletas, com o consequente incremento de custos.”
Ou seja, está, de uma vez por todas, desmontada a teoria dos jogadores a custo zero.
Não há jogadores a custo zero. Se os jogadores a contratar estão, ou vão ficar, em final de contrato, aparecem os prémios por assinatura, as chamadas “luvas”, ou as comissões dos empresários, como o Eng.º Barros Rodrigues afirmou de viva voz na Assembleia, relativamente ao item “Fornecimento e Serviços Externos”.
Na prática isto significa que o orçamento do Belenenses para o Futebol não é de cerca de 3,9 M €, mas sim de 6,5 M€.
O mais importante, para mim, que se deve ressalvar desta análise é que, não é só com os jogadores “comprados” que se deve ter cuidado na sua escolha. Também aqueles que se diz que vêm a “custo zero” devem ser cuidadosamente analisados, pois muitas vezes trazem custos, e prejuízos, maiores do que aqueles que se “compram” efectivamente.
É necessário travar esta escalada de custos, mas, essencialmente, é necessário aumentar os proveitos. Como? Aumentando as receitas de bilheteira e valorizando os nossos principais activos, ou seja, os jogadores.