Tomei conhecimento, como belenense interessado em tudo o que diz respeito ao meu Clube, tal como terá acontecido com a grande maioria dos meus prezados consócios, da realização de um jantar de encerramento das cerimónias comemorativas de mais um aniversário do Clube de Futebol “Os Belenenses”.
A informação é do domínio público. O evento foi devidamente publicitado no portal oficial do Clube, em outros meios de informação, eventualmente até por contactos pessoais que é normal e salutar as pessoas trocarem entre si.
Algumas pessoas, muitas mesmo, terão considerado essa publicitação como um convite, um apelo à participação. Terá sido o caso daqueles que estiveram presentes no referido jantar, que se realizou na noite do passado dia 13, no Casino Estoril. Fizeram-no certamente por razões diversas (ou não), que respeito em absoluto e que, concorde ou não com elas, não me compete julgar.
Não entendi o anúncio como um convite nem o tipo de evento fez qualquer apelo à minha vontade de nele participar. Para mim, a organização deste festejo e sua divulgação, constituiu antes um memorando, uma chamada de atenção, um acto de propaganda! Mais importante ainda, na minha maneira de ser belenense, não teria (nem tem) qualquer sentido eu estar presente no jantar do casino. Para quê? Para fazer número? Para dar um toque azul a uma reunião cinzenta? Para conhecer alguns “ilustres” convidados que são tão belenenses, como eu sou adepto do Rebenta Canelas da Patagónia? Por isso, não estive presente, simplesmente por fidelidade à minha própria consciência, expressão que não comporta qualquer juízo de valor à decisão daqueles que fizeram a opção oposta à minha, aliás, no livre e pleno exercício do seu direito.
Não sou contra eventos comemorativos. Já escrevi sobre alguns deles, em que estive presente, com muito gosto e orgulho, nomeadamente no âmbito das comemorações do aniversário do nosso Clube. Citando Antoine de Saint Exupéry, são precisos ritos. Gosto de comemorações, de eventos simbólicos, de festas. Quando há um conteúdo que os sustenta e os transcende; seja para honrar a grandeza do passado, para valorizar o trabalho que se faz no presente, para projectar as medidas para o futuro. Quando existe algo de grandioso a comemorar, quando o evento tem um significado que o justifica, quando a festa tem um motivo para se fazer. Não é, infelizmente, em minha opinião, o caso do jantar do casino!
O jantar do casino é uma festa oca, desprovida de qualquer significado, que se festeja a si própria e se destina apenas a servir de espectáculo para os seus próprios participantes, quer pertençam ao Clube, quer sejam os habituais convivas expressamente convidados para decorarem o ambiente. Um belenense como eu estaria lá deslocado...
A minha recusa em participar numa “cerimónia” deste tipo não é uma posição que tome sistematicamente. Bem pelo contrário! Estou sempre disponível, dentro das minhas possibilidades e capacidades, para responder a qualquer apelo que me seja dirigido no sentido de prestar um SERVIÇO AO CLUBE. Não é o caso da presença no jantar do casino que, em meu entender, não serve qualquer interesse do Clube!
A confirmar a disponibilidade que referi acima está o facto de ter aceite um convite que me foi endereçado, já na vigência do mandato dos actuais Corpos Sociais do CFB, para exercer um cargo no Clube, como é, aliás, também do conhecimento público. Aceitei esse convite com prazer, orgulho e entusiasmo, devo dizê-lo. Não para servir a Direcção (de que o cargo é, aliás, independente) ou qualquer outro Órgão Social, não para procurar através disso qualquer tipo de promoção (que o cargo também não daria, e ainda bem), mas para SERVIR O BELENENSES, como fiz questão de deixar bem claro, quando o aceitei. Para além de me ter disponibilizado a começar imediatamente a exercer funções, propus ainda um conjunto de medidas concretas que me dispunha a levar a cabo no âmbito das competências que o cargo me atribuía.
O convite acima referido foi feito no início de Maio de 2005. Foi imediatamente aceite. Em Outubro de 2005 ainda aguardo (?) a respectiva tomada de posse...
Veio agora outro “convite”. Gostaria que tivesse sido para finalmente começar a trabalhar para o Clube. Mas não foi. Era um “apelo espiritual” a estar presente na maior festa de “hibridação” belenense. Era para integrar uma “Elite”, no mais negativo sentido do termo, bem diferente daquele que atribuí à mesma palavra na crónica anterior. A Elite dos que se querem mostrar ao lado de quem manda, dos que querem convencer-se a si próprios que também mandam, dos que festejam coisa nenhuma, a não ser o simples e único facto de lá estarem, num êxtase colectivo de que Narciso não desdenharia fazer parte. A Elite dos comensais do casino... Uma Elite preocupante, que reuniu cerca de mil participantes, quase tão numerosa como algumas assistências no Restelo em dia de futebol. Com a agravante de alguns dos seus membros nem terem o hábito de ir ao Restelo...
Não pertenço a essa Elite. Nem quero vir a pertencer.
Saudações azuis.
A informação é do domínio público. O evento foi devidamente publicitado no portal oficial do Clube, em outros meios de informação, eventualmente até por contactos pessoais que é normal e salutar as pessoas trocarem entre si.
Algumas pessoas, muitas mesmo, terão considerado essa publicitação como um convite, um apelo à participação. Terá sido o caso daqueles que estiveram presentes no referido jantar, que se realizou na noite do passado dia 13, no Casino Estoril. Fizeram-no certamente por razões diversas (ou não), que respeito em absoluto e que, concorde ou não com elas, não me compete julgar.
Não entendi o anúncio como um convite nem o tipo de evento fez qualquer apelo à minha vontade de nele participar. Para mim, a organização deste festejo e sua divulgação, constituiu antes um memorando, uma chamada de atenção, um acto de propaganda! Mais importante ainda, na minha maneira de ser belenense, não teria (nem tem) qualquer sentido eu estar presente no jantar do casino. Para quê? Para fazer número? Para dar um toque azul a uma reunião cinzenta? Para conhecer alguns “ilustres” convidados que são tão belenenses, como eu sou adepto do Rebenta Canelas da Patagónia? Por isso, não estive presente, simplesmente por fidelidade à minha própria consciência, expressão que não comporta qualquer juízo de valor à decisão daqueles que fizeram a opção oposta à minha, aliás, no livre e pleno exercício do seu direito.
Não sou contra eventos comemorativos. Já escrevi sobre alguns deles, em que estive presente, com muito gosto e orgulho, nomeadamente no âmbito das comemorações do aniversário do nosso Clube. Citando Antoine de Saint Exupéry, são precisos ritos. Gosto de comemorações, de eventos simbólicos, de festas. Quando há um conteúdo que os sustenta e os transcende; seja para honrar a grandeza do passado, para valorizar o trabalho que se faz no presente, para projectar as medidas para o futuro. Quando existe algo de grandioso a comemorar, quando o evento tem um significado que o justifica, quando a festa tem um motivo para se fazer. Não é, infelizmente, em minha opinião, o caso do jantar do casino!
O jantar do casino é uma festa oca, desprovida de qualquer significado, que se festeja a si própria e se destina apenas a servir de espectáculo para os seus próprios participantes, quer pertençam ao Clube, quer sejam os habituais convivas expressamente convidados para decorarem o ambiente. Um belenense como eu estaria lá deslocado...
A minha recusa em participar numa “cerimónia” deste tipo não é uma posição que tome sistematicamente. Bem pelo contrário! Estou sempre disponível, dentro das minhas possibilidades e capacidades, para responder a qualquer apelo que me seja dirigido no sentido de prestar um SERVIÇO AO CLUBE. Não é o caso da presença no jantar do casino que, em meu entender, não serve qualquer interesse do Clube!
A confirmar a disponibilidade que referi acima está o facto de ter aceite um convite que me foi endereçado, já na vigência do mandato dos actuais Corpos Sociais do CFB, para exercer um cargo no Clube, como é, aliás, também do conhecimento público. Aceitei esse convite com prazer, orgulho e entusiasmo, devo dizê-lo. Não para servir a Direcção (de que o cargo é, aliás, independente) ou qualquer outro Órgão Social, não para procurar através disso qualquer tipo de promoção (que o cargo também não daria, e ainda bem), mas para SERVIR O BELENENSES, como fiz questão de deixar bem claro, quando o aceitei. Para além de me ter disponibilizado a começar imediatamente a exercer funções, propus ainda um conjunto de medidas concretas que me dispunha a levar a cabo no âmbito das competências que o cargo me atribuía.
O convite acima referido foi feito no início de Maio de 2005. Foi imediatamente aceite. Em Outubro de 2005 ainda aguardo (?) a respectiva tomada de posse...
Veio agora outro “convite”. Gostaria que tivesse sido para finalmente começar a trabalhar para o Clube. Mas não foi. Era um “apelo espiritual” a estar presente na maior festa de “hibridação” belenense. Era para integrar uma “Elite”, no mais negativo sentido do termo, bem diferente daquele que atribuí à mesma palavra na crónica anterior. A Elite dos que se querem mostrar ao lado de quem manda, dos que querem convencer-se a si próprios que também mandam, dos que festejam coisa nenhuma, a não ser o simples e único facto de lá estarem, num êxtase colectivo de que Narciso não desdenharia fazer parte. A Elite dos comensais do casino... Uma Elite preocupante, que reuniu cerca de mil participantes, quase tão numerosa como algumas assistências no Restelo em dia de futebol. Com a agravante de alguns dos seus membros nem terem o hábito de ir ao Restelo...
Não pertenço a essa Elite. Nem quero vir a pertencer.
Saudações azuis.