quarta-feira, 23 de novembro de 2005

Neste dia, em . . .

1926 – Nasce Camacho Vieira

Augusto Camacho Vieira nasceu em Miranda do Corvo (Godinhela). Viveu a sua juventude entre Coimbra, onde se formou em Medicina após aí ingressar em 1945, e a Figueira da Foz, onde passou a infância e a adolescência. Desde os tempos de estudante foi sempre muito ligado ao fado de Coimbra, chegando mesmo a gravar discos (“Coimbra na voz do Doutor Camacho Vieira“, Discossete, 1992) e a actuar publicamente em inúmeras ocasiões, sendo considerado uma das vozes mais emblemáticas, continuando a gravar e a divulgar a canção coimbrã por onde quer que passe.

Com uma vida muito dedicada à medicina desportiva, Camacho Vieira notabilizou-se ao serviço das equipas do Belenenses e das Selecções Nacionais, durante os muitos anos em que foi o seu médico responsável.

Quem não se recorda da dupla Camacho Vieira e João Silva a sprintar pelo relvado para assistir um jogador magoado?

Por tão ilustre carreira e em muitas das actividades que abraçou ao longo da sua vida, foi muitas vezes galardoado por várias entidades como reconhecimento do seu valor. Fica uma curta lista de algumas dessas distinções:

Em 1984 foi distinguido pelo Belenenses, juntamente com Ana Linheiro, com o galardão de Sócio Honorário.
Em 1992 foi-lhe entregue a Medalha de Honra ao Mérito Desportivo do Ministério da Educação.
Em 1994 foi distinguido pela Presidência da República com o título de Comendador da Ordem de Mérito.
Em 2001 foi distinguido como Sócio Honorário do Ginásio do Clube Figueirense, durante as comemorações do 106º aniversário desta instituição.
Já em 2005, recebeu a Medalha de Mérito Cultural da Câmara Municipal de Coimbra.

É hoje médico honorário da Selecção Nacional de Futebol, pelos serviços prestados ao longo de 38 anos de serviço.

Camacho Vieira é, sem sombra de dúvida, uma grande e incontornável figura do Belenenses e uma referência na medicina desportiva e do desporto português em geral.



1947 – Amaro alcança 19 internacionalizações na Selecção Nacional de Futebol

O Grande Capitão do Belenenses, então o 3º jogador português com mais internacionalizações (sendo ainda o primeiro o nosso Augusto Silva) fez nesta data o seu último jogo na Selecção Nacional.

As internacionalizações de Mariano Amaro, grande símbolo do Belenenses e génio do futebol português, teriam sido muitas mais, se na altura houvessem mais jogos internacionais como hoje (na altura da 2ª guerra mundial, então, como é natural, reduziram-se drasticamente) e se não fossem as lesões que o atormentaram.

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Nesta despedida de Amaro da Selecção, Portugal jogou com a França, tendo perdido por 2-4, no Estádio Nacional. No Onze Nacional, além de Amaro, estavam dois outros grandes jogadores do Belenenses: Serafim e Feliciano.



1952 – Matateu estreia-se na Selecção Nacional de Futebol

Cinco anos depois, outra figura enorme do Belenenses e do Futebol português, estreava-se na Selecção Nacional: Matateu.

Foi a primeira de 27 internacionalizações (a última das quais teve lugar em 22 de Maio de 1960), nas quais marcou 13 golos – num tempo em que não se jogava com o Liechenstein ou com Andorra...

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Passados tantos anos, Matateu é ainda o 10º jogador com mais golos na Selecção e o 5º com melhor média!

Nesta estreia de Matateu, Portugal empatou 1-1 com a Áustria. No Onze titular, estava o belenense Castela. O grande Matateu entrou a substituir Juca.



2003 – Paulo Antunes, Medalha de Bronze nos Campeonatos Ibero-Americanos de Triatlo

Paulo Antunes, triatleta do Belenenses, conquistava a medalha de Bronze na prova do 1º Campeonato Ibero-Americano de Triatlo, disputado em Valparaíso, no Chile. Prova a contar para o ranking ITU e para a qualificação para os Jogos Olímpicos.

O atleta Campeão Nacional que havia sido o segundo a concluir os 1500 metros da prova de natação, arrancou para os 40 Kms de ciclismo que se seguiram com uma determinação férrea que só não resistiu a um furo na roda traseira, a 3 Kilómetros do final e que o fez entrar na prova de corrida na 14ª posição a 50 segundos do comandante da prova.

Só com um esforço tremendo, e sem nunca virar a cara à luta, foi possível a Paulo Antunes correr os 10 Kms finais de forma a anular a desvantagem acumulada pelo infortúnio na prova de ciclismo.

Com a classificação obtida, Paulo Antunes ascendeu então ao grupo dos 200 primeiros do Ranking que serve à qualificação olímpica. Não viria no entanto a lográ-la devido a uma lesão que o impediu de disputar grande parte das provas do circuito de apuramento.