EU AVISEI
Este texto, e aqueles que se vão seguir, são escritos porque estamos a jogar como toda a gente vê e classificados onde toda a gente sabe.
São escritos, também, porque temos menos de 1000 pessoas no estádio e desaparecemos cada vez mais da sociedade Portuguesa.
Estamos a caminho do fim e se tivermos o desplante de falar em grandeza estamos a ser grotescos. Afora a parte estatística, já não enfiamos a carapuça do “Grande” a ninguém em Portugal.
Não fosse tudo isso, não seriam escritos.
Como eu desejaria que não o fossem!
Estes textos têm um propósito: Afirmar uma tese segundo a qual tudo o que está a acontecer tem responsáveis. Responsáveis de carne e osso.
São escritos, também, porque temos menos de 1000 pessoas no estádio e desaparecemos cada vez mais da sociedade Portuguesa.
Estamos a caminho do fim e se tivermos o desplante de falar em grandeza estamos a ser grotescos. Afora a parte estatística, já não enfiamos a carapuça do “Grande” a ninguém em Portugal.
Não fosse tudo isso, não seriam escritos.
Como eu desejaria que não o fossem!
Estes textos têm um propósito: Afirmar uma tese segundo a qual tudo o que está a acontecer tem responsáveis. Responsáveis de carne e osso.
Tem responsáveis passados (muitos dos corpos sociais das últimas décadas), mas também tem presentes (os actuais).
Tais males são, não fatalidades ou obras do destino, mas corolários de algo para o qual eu já venho a alertar há imenso tempo.
Este texto pretende demonstrar que a culpa não é do “azar”, da “azia”, das pedras do Restelo, da falta de adeptos nas bancadas, da Sport TV, da passagem da FA para o topo norte, da “bruxa”, etc.
A culpa é de uma política, de uma maneira de estar, de uma maneira de (não) fazer, de uma estirpe dirigente, de uma Monarquia, de um Regime.
Para alguns, não é. Para alguns, a Monarquia é, ela própria, não a causa, mas uma vítima dos males. Eu sei porquê. A explicação é sociológica e radica na psicologia das massas e na compreensão das relações humanas dentro de cada grupo de pessoas.
Isso não me preocupa. Há muito que me habituei a pregar no deserto.
Hoje, no Jogo online, vêm umas interessantes palavras do nosso Presidente, referindo-se à sua presença extraordinária no treino de hoje de manhã: “Era importante passar por aqui”.
Penso que isto sumarisa tudo aquilo que vou dizer nestes textos: o Presidente do Clube, de vez em quando, e nos momentos de crise, “passa” pelo futebol do Clube!
Mais palavras para quê!
O Belenenses actual só me faz sentido se for para sonhar com outro. Se for para desejar que o meu clube volte a ser algo de que eu me possa minimamente orgulhar.
Ninguém muda de clube. Mas a militância em algo é uma coisa que tem um limite. O limite do suportável. O limite a partir do qual um individuo já não se reconhece nos princípios da coisa. Serei Belenenses até morrer. Mas como, neste momento, estou reduzido ao amor pela camisola em sentido absolutamente estrito não me revendo em mais nada, estou a um passo de me tornar naquilo em que milhares se tornaram antes de mim – um adepto não praticante, distante do Restelo.
Não é o facto de perder que me faz estoirar esse limite.
A derrota é uma coisa inerente à condição de adepto. Eu disse-o em plena crise, bastando ler a minha crónica do jogo contra o Boavista.
É o que está por detrás de derrota e por detrás da decadência.
É a filosofia, é a Monarquia que aqui se instalou. É o Regime.
Não suporto isto.
Recuso-me a tentar passar “isto” aos meus filhos.
Se eles quiserem participar numa associação pseudo cultural e recreativa e aí fazerem amigos, que o façam ao pé de casa.
Se quiserem ter paixão por um clube de futebol, que escolham outro, porque esta colectividade perdeu essa vocação. De preferência, estrangeiro. Recomendo um Inglês.
Já disse várias vezes: por mais banhos de multidões casinísticas que queiram tomar, o facto é que o Belém chafurda com a cara na lama.
Fomos à Vila das Aves ser eliminados da taça por uma equipa da segunda que rodou jogadores.
Acabámos de perder, naturalmente, em casa, com um Marítimo que nem precisou de jogar muito.
Temos menos gente no estádio do que na famosa festa no Casino.
A festa no Casino também foi à noite e num dia de semana.
Já escrevi imenso sobre as causas.
Há meses que escrevo sobre as causas.
Não sou tipo de ajustar contas ou reclamar louros de opinião. O propósito deste texto é só, de uma vez por todas, tentar passar uma mensagem directa e inequívoca – O Sequeiro-Ferreirismo é incompatível com o futebol. São conceitos opostos.
Mesmo que seja inglório este esforço, mesmo que isto vá esbarrar com as imensas “cumplicidades”, “amizades” e “fraternidades” que irradiam da Monarquia e da sua orla, faço-o para ficar de consciência tranquila.
Se isto ofenderá ou não tal gente é coisa que não me interessa minimamente.
Para mim (ainda que hoje talvez já não o seja) o Belenenses é um clube grande, é um clube de massas, um clube de muitos anónimos, que não são, nem têm de ser, conhecidos ou amigos do Presidente, restante Monarquia (passe a contradição) e respectiva orla.
É num clube de adeptos e feito para massas anónimas de adeptos que acredito. Não num círculo de amigos.
Tais males são, não fatalidades ou obras do destino, mas corolários de algo para o qual eu já venho a alertar há imenso tempo.
Este texto pretende demonstrar que a culpa não é do “azar”, da “azia”, das pedras do Restelo, da falta de adeptos nas bancadas, da Sport TV, da passagem da FA para o topo norte, da “bruxa”, etc.
A culpa é de uma política, de uma maneira de estar, de uma maneira de (não) fazer, de uma estirpe dirigente, de uma Monarquia, de um Regime.
Para alguns, não é. Para alguns, a Monarquia é, ela própria, não a causa, mas uma vítima dos males. Eu sei porquê. A explicação é sociológica e radica na psicologia das massas e na compreensão das relações humanas dentro de cada grupo de pessoas.
Isso não me preocupa. Há muito que me habituei a pregar no deserto.
Hoje, no Jogo online, vêm umas interessantes palavras do nosso Presidente, referindo-se à sua presença extraordinária no treino de hoje de manhã: “Era importante passar por aqui”.
Penso que isto sumarisa tudo aquilo que vou dizer nestes textos: o Presidente do Clube, de vez em quando, e nos momentos de crise, “passa” pelo futebol do Clube!
Mais palavras para quê!
O Belenenses actual só me faz sentido se for para sonhar com outro. Se for para desejar que o meu clube volte a ser algo de que eu me possa minimamente orgulhar.
Ninguém muda de clube. Mas a militância em algo é uma coisa que tem um limite. O limite do suportável. O limite a partir do qual um individuo já não se reconhece nos princípios da coisa. Serei Belenenses até morrer. Mas como, neste momento, estou reduzido ao amor pela camisola em sentido absolutamente estrito não me revendo em mais nada, estou a um passo de me tornar naquilo em que milhares se tornaram antes de mim – um adepto não praticante, distante do Restelo.
Não é o facto de perder que me faz estoirar esse limite.
A derrota é uma coisa inerente à condição de adepto. Eu disse-o em plena crise, bastando ler a minha crónica do jogo contra o Boavista.
É o que está por detrás de derrota e por detrás da decadência.
É a filosofia, é a Monarquia que aqui se instalou. É o Regime.
Não suporto isto.
Recuso-me a tentar passar “isto” aos meus filhos.
Se eles quiserem participar numa associação pseudo cultural e recreativa e aí fazerem amigos, que o façam ao pé de casa.
Se quiserem ter paixão por um clube de futebol, que escolham outro, porque esta colectividade perdeu essa vocação. De preferência, estrangeiro. Recomendo um Inglês.
Já disse várias vezes: por mais banhos de multidões casinísticas que queiram tomar, o facto é que o Belém chafurda com a cara na lama.
Fomos à Vila das Aves ser eliminados da taça por uma equipa da segunda que rodou jogadores.
Acabámos de perder, naturalmente, em casa, com um Marítimo que nem precisou de jogar muito.
Temos menos gente no estádio do que na famosa festa no Casino.
A festa no Casino também foi à noite e num dia de semana.
Já escrevi imenso sobre as causas.
Há meses que escrevo sobre as causas.
Não sou tipo de ajustar contas ou reclamar louros de opinião. O propósito deste texto é só, de uma vez por todas, tentar passar uma mensagem directa e inequívoca – O Sequeiro-Ferreirismo é incompatível com o futebol. São conceitos opostos.
Mesmo que seja inglório este esforço, mesmo que isto vá esbarrar com as imensas “cumplicidades”, “amizades” e “fraternidades” que irradiam da Monarquia e da sua orla, faço-o para ficar de consciência tranquila.
Se isto ofenderá ou não tal gente é coisa que não me interessa minimamente.
Para mim (ainda que hoje talvez já não o seja) o Belenenses é um clube grande, é um clube de massas, um clube de muitos anónimos, que não são, nem têm de ser, conhecidos ou amigos do Presidente, restante Monarquia (passe a contradição) e respectiva orla.
É num clube de adeptos e feito para massas anónimas de adeptos que acredito. Não num círculo de amigos.
Será escusado dizer, mas, nestas coisas, talvez nada seja demais, que não questiono seriedades e dedicações. O Presidente deste clube parece-me uma pessoa séria e dedicada.
O problema é a sua inaptidão para ser Presidente do Belenenses na única forma em que o admito como Clube.
O problema é ser, conjuntamente com toda a sua Monarquia, o “problema”, a causa primeira de tudo o que vai acontecendo em campo e que tem efeito nas bancadas e no fundo da alma do clube.
Explicarei melhor porquê nos próximos textos.
É possível que não haja neste clube força para gerar algo que não seja o prolongar desta Monarquia.
Se assim for, o Belenenses, enquanto clube de futebol, morrerá.
Não me espantaria que sobrevivesse noutros moldes. Moldes que, pelo menos a mim, não me interessam.
Permito-me, então, transcrever aquilo que na altura das eleições – nos idos de Abril deste ano – escrevi no Blog “O Cruel Pastel Azul” a propósito das mesmas e do que significaria a reeleição da Monarquia Sequeiro-Ferreirista.
Fi-lo enquanto a favor de Ferreira se alinhavam em gáudio quase todas as tarjas da “blogosfera azul”.
Fi-lo, pois, praticamente sozinho.
Pelas razões mais que óbvias (até porque não passa de uma derivação desse mesmo Regime, não votei em Palitos). Votei nulo e fiz campanha pelo Nulo. Perdi.
Perdeu também o Belenenses, como hoje, dolorosamente, se constata.
POST DE TERÇA-FEIRA, ABRIL 05, 2005
(a propósito do debate televisivo Ferreira vs Palitos)
Acabei o debate com a sensação de que, de entre os presentes, o homem mais credível para conduzir os destinos futebolísticos do Clube era .... o ENTREVISTADOR!!!.
Pena que não seja sócio.
(…)
Porém, Ferreira, mostrou, para quem o quis ouvir, que nada percebe de futebol e que o que nos espera não vai ser nada bom.
A frase mais elucidativa de Ferreira foi aquela em que ele se referiu à forma como a próxima época está a ser planeada. Passo a citar de memória: "estamos agora em Abril. Quando chegarmos a Junho, vamos ver os contratos, vamos ver o mercado, vamos ver o que há e logo se vê o que é que se pode arranjar".
Caros amigos, se dúvidas houvessem sobre a forma como o Ferreirismo será igual ou pior do que o Sequeirismo no que ao futebol diz respeito, elas ficaram dissipadas.
A próxima época ainda não está neste momento a ser preparada?
Não o está há meses?
Vamos fazê-lo em Junho?
A ver no mercado "o que é que há"?!
É por estas e por outras que a história da "construção sustentada" da equipa não passa de um conjunto de balelas, de um "xuxa" que nos querem vender.
Ferreira nada percebe e nada quer do Futebol. As ideias do regime esgotaram-se na nomeação do "profissional" Casaca e do jovem "Professor". A partir daí, espera-se que a coisa corra bem de ano para ano e que essa chatice anual da formação da equipa passe depressa.
É este Belém deprimente que hoje tem 1000 pagantes e 1000 convidados a ver jogos e que perdeu não sei quantos mil sócios.
POST DE SEGUNDA-FEIRA, ABRIL 04, 2005
Nós, pelo contrário, por muito que nos custe e por muito que ainda tenhamos base de apoio para queimar, começámos nas últimas épocas um processo de "EstreladaAmadorização". Quem se quiser convencer que não, encha a barriga de ilusões e faça bom proveito.
Ferreira dirá muitas vezes, sobre muitas coisas, o mesmo que Sequeira - "não percebo" porque é que acontece?
E fa-lo-á por uma razão simples - porque não tem a força e o carisma que seriam necessários para ser Presidente do Belém actual.
O seu projecto é patrimonial e financeiro. Não é futebolístico.
E isso é pena, porque o Belém precisava como pão para a boca de um Presidente que fosse uma mais valia para o seu Futebol.
Infelizmente, não o terá!!
POST DE SÁBADO, ABRIL 02, 2005
Cabral Ferreira mostra, para quem o quiser entender, que nada percebe, nada lhe entusiasma o futebol.
O futebol para ele é um fardo gigantesco, uma coisa que só traz chatices.
Por tudo isto e mais alguma coisa, foi assim que votei e expliquei o meu voto:
POST DE QUINTA-FEIRA, ABRIL 07, 2005
Repito-o: o Belém precisava urgentemente de alguém que não apareceu.
Só isso.
Não tenho pachorra para votar em "males menores".
POST DE TERÇA-FEIRA, ABRIL 05, 2005
Enfim, resta-me o Nulo
O problema é a sua inaptidão para ser Presidente do Belenenses na única forma em que o admito como Clube.
O problema é ser, conjuntamente com toda a sua Monarquia, o “problema”, a causa primeira de tudo o que vai acontecendo em campo e que tem efeito nas bancadas e no fundo da alma do clube.
Explicarei melhor porquê nos próximos textos.
É possível que não haja neste clube força para gerar algo que não seja o prolongar desta Monarquia.
Se assim for, o Belenenses, enquanto clube de futebol, morrerá.
Não me espantaria que sobrevivesse noutros moldes. Moldes que, pelo menos a mim, não me interessam.
Permito-me, então, transcrever aquilo que na altura das eleições – nos idos de Abril deste ano – escrevi no Blog “O Cruel Pastel Azul” a propósito das mesmas e do que significaria a reeleição da Monarquia Sequeiro-Ferreirista.
Fi-lo enquanto a favor de Ferreira se alinhavam em gáudio quase todas as tarjas da “blogosfera azul”.
Fi-lo, pois, praticamente sozinho.
Pelas razões mais que óbvias (até porque não passa de uma derivação desse mesmo Regime, não votei em Palitos). Votei nulo e fiz campanha pelo Nulo. Perdi.
Perdeu também o Belenenses, como hoje, dolorosamente, se constata.
POST DE TERÇA-FEIRA, ABRIL 05, 2005
(a propósito do debate televisivo Ferreira vs Palitos)
Acabei o debate com a sensação de que, de entre os presentes, o homem mais credível para conduzir os destinos futebolísticos do Clube era .... o ENTREVISTADOR!!!.
Pena que não seja sócio.
(…)
Porém, Ferreira, mostrou, para quem o quis ouvir, que nada percebe de futebol e que o que nos espera não vai ser nada bom.
A frase mais elucidativa de Ferreira foi aquela em que ele se referiu à forma como a próxima época está a ser planeada. Passo a citar de memória: "estamos agora em Abril. Quando chegarmos a Junho, vamos ver os contratos, vamos ver o mercado, vamos ver o que há e logo se vê o que é que se pode arranjar".
Caros amigos, se dúvidas houvessem sobre a forma como o Ferreirismo será igual ou pior do que o Sequeirismo no que ao futebol diz respeito, elas ficaram dissipadas.
A próxima época ainda não está neste momento a ser preparada?
Não o está há meses?
Vamos fazê-lo em Junho?
A ver no mercado "o que é que há"?!
É por estas e por outras que a história da "construção sustentada" da equipa não passa de um conjunto de balelas, de um "xuxa" que nos querem vender.
Ferreira nada percebe e nada quer do Futebol. As ideias do regime esgotaram-se na nomeação do "profissional" Casaca e do jovem "Professor". A partir daí, espera-se que a coisa corra bem de ano para ano e que essa chatice anual da formação da equipa passe depressa.
É este Belém deprimente que hoje tem 1000 pagantes e 1000 convidados a ver jogos e que perdeu não sei quantos mil sócios.
POST DE SEGUNDA-FEIRA, ABRIL 04, 2005
Nós, pelo contrário, por muito que nos custe e por muito que ainda tenhamos base de apoio para queimar, começámos nas últimas épocas um processo de "EstreladaAmadorização". Quem se quiser convencer que não, encha a barriga de ilusões e faça bom proveito.
Ferreira dirá muitas vezes, sobre muitas coisas, o mesmo que Sequeira - "não percebo" porque é que acontece?
E fa-lo-á por uma razão simples - porque não tem a força e o carisma que seriam necessários para ser Presidente do Belém actual.
O seu projecto é patrimonial e financeiro. Não é futebolístico.
E isso é pena, porque o Belém precisava como pão para a boca de um Presidente que fosse uma mais valia para o seu Futebol.
Infelizmente, não o terá!!
POST DE SÁBADO, ABRIL 02, 2005
Cabral Ferreira mostra, para quem o quiser entender, que nada percebe, nada lhe entusiasma o futebol.
O futebol para ele é um fardo gigantesco, uma coisa que só traz chatices.
Por tudo isto e mais alguma coisa, foi assim que votei e expliquei o meu voto:
POST DE QUINTA-FEIRA, ABRIL 07, 2005
Repito-o: o Belém precisava urgentemente de alguém que não apareceu.
Só isso.
Não tenho pachorra para votar em "males menores".
POST DE TERÇA-FEIRA, ABRIL 05, 2005
Enfim, resta-me o Nulo