terça-feira, 21 de fevereiro de 2006

Neste dia, em . . .

1943 – Belenenses ganha ao Sporting por 5-0 para o Campeonato Nacional

Foi a maior goleada do Belenenses sobre os rivais sportinguistas para o Campeonato Nacional. Também por uma vez, eles responderam com uma vitória por 5 golos de diferença, 6-1, em 1943/44, ou seja, na época seguinte.

No entanto, na história das goleadas entre os dois emblemas, o melhor triunfo foi do Belenenses. Foi nas eliminatórias do Campeonato de Portugal de 1931/32.
Na primeira mão, o Belenenses ganhou por 6-0. Na 2ª mão, ganhou por 9-0.
É um registo impressionante e que fica para a história: uma vitória por 9 golos de diferença e 15-0 no conjunto de duas mãos.

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Nesse ano, fomos Vice-Campeões de Portugal, perdendo na finalíssima com o F.C.Porto por 2-1. Na final, empatáramos 4-4, num jogo épico, um dos grandes quarto de hora à Belenenses: nos últimos minutos recuperámos de uma desvantagem de 1-4. Haveremos de falar nisso em outra ocasião.

Voltemos à época de 42/43. Nesse ano, o Belenenses ficou em 3º lugar no Campeonato Nacional, a 2 pontos do Benfica e a 1 ponto do Sporting. As circunstâncias em que, por factores estranhos à verdade desportiva, fomos, como em 3 ou 4 outras ocasiões, impedidos de vencer esse Campeonato, em que realmente fomos superiores a todos os adversários, já por nós foram anteriormente referidas (cfr. 10 de Janeiro).

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Repita-se, de qualquer forma, que nessa época, no nosso Estádio, vencemos o Benfica por 5-2, o F.C.Porto por 4-0 e, como já vimos, o Sporting por 5-0 (que nos dois anos anteriores baqueara em nossa casa por 3-1 e 5-1). E as goleadas ao Sporting, neste mesmo ano (1943), não ficaram por aqui. Para o Campeonato de Lisboa, que viemos a conquistar, triunfámos por 5-1.

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Deixamos agora aqui em referência as nossas vitórias mais expressivas sobre o Sporting. À frente, colocamos um C de Casa, e um F de Fora.

Campeonato de Lisboa 29/30 – 4-2 (C)
Campeonato de Portugal 31/32 – 6-0 (F)
Campeonato de Portugal 31/32 – 9-0 (C)
Campeonato de Portugal 37/38 – 4-2 (F)
Taça de Portugal 39/40 – 4-1 (C)
Campeonato Nacional 40/41 – 5-1 (C)
Campeonato Nacional 41/42 – 4-1 (F)
Campeonato Nacional 42/43 – 5-0 (C)
Campeonato de Lisboa 43/44 – 5-1 (C)
Campeonato de Lisboa 45/46 – 4-2 (C)
Taça de Portugal 53/54 – 4-2 (C)
Campeonato Nacional 62/63 – 4-2 (C)
Campeonato Nacional 67/68 – 4-0 (C)
Campeonato Nacional 01/02 – 3-0 (C)

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São elementos a ter em conta para afirmarmos que os jogos entre o Belenenses e o Sporting constituem um grande clássico do futebol português – que tantas vezes arrastaram multidões imensas, nomeadamente nos nossos Estádios (Salésias e Restelo).



1962 – António Manuel Pereira toma posse como Presidente da Direcção

António Manuel Pereira foi presidente do Belenenses nas gerências de 1962 e 1963.

Foram anos muito conturbados para o Belenenses. O resgate do Estádio ocorrera em 1961, o que permitira algum alívio sobre as obrigações financeiras do Clube. Mesmo assim havia enormes dificuldades que levaram à necessidade de implementar algumas medidas de reestruturação mas que se revelaram insuficientes para a total resolução do problema financeiro.

No final do primeiro ano da gestão de António Manuel Pereira, terminara-se com saldo positivo. No entanto, este saldo positivo só foi possível devido à venda de Yaúca, um dos melhores jogadores do Belenenses de então, ao rival Benfica. Eram tempos dramáticos que exigiam medidas extremas.

Apesar de todas estas dificuldades e do depauperar da capacidade desportiva em nome do saneamento financeiro, o Belenenses viria a classificar-se na 4ª posição do Campeonato Nacional. Na Taça de Portugal, o Belenenses atingiu as meias-finais mas por aí se ficou.
Disputou a Taça UEFA sendo eliminado na segunda ronda perdendo os dois jogos, pela margem mínima, contra um colosso do futebol europeu – a Roma.

António Manuel Pereira pautou os seus mandatos pela vontade de reduzir as dívidas a que o Belenenses estava obrigado. Em parte, conseguiu fazê-lo.

Viria a continuar a sua ligação ao Clube através da sua participação na composição dos corpos sociais do Clube, após mais de uma década de afastamento, como Presidente da Assembleia Geral, em 1975 e 1976 e como Presidente do Conselho Fiscal de 1979 a 1981.