sábado, 8 de abril de 2006

Nacional, 4 – BELENENSES, 0

Não entrem em (de)pressão. Alguém olhará por nós...

Antes do jogo começar, já sabendo que hoje me tinha saído de novo a fava, concedi a mim próprio alguns momentos de lazer intelectual (concessão essa que não tive oportunidade de repetir durante o jogo), durante os quais imaginei algumas frases com que pensava iniciar a crónica de hoje.

Esqueçam! Ficará para uma outra oportunidade, se a houver...

Vamos ao jogo, isto é, vamos acabar com este tormento depressa, que eu não sei escrever crónicas sobre jogos de futebol e de “fait divers” está este Clube cheio até à raiz dos cabelos, quer sejam os do Pelé, quer sejam os do Zé Pedro.

Jogámos com três centrais. Nos primeiros minutos andámos aos papéis, mas até conseguimos equilibrar e ao quarto de hora até se poderá dizer que já dominávamos. Apenas um senhor com sotaque madeirense, e que, ao que parece, será professor de uma coisa qualquer, achava que já devíamos estar a perder por obra de um penalty que nos foi perdoado. O destino encarregou-se de lhe fazer a vontade pouco depois, com um golo do Nacional contra a corrente do jogo, com a gentil colaboração dos nossos três magníficos centrais. Até ao final da primeira parte o jogo foi nosso, com duas boas jogadas: Silas + Meyong e Meyong + Zé Pedro. Mesmo a acabar, Zé Pedro, de cabeça, proporciona a defesa da noite a Hilário.

Metade já está. E já está quase tudo, porque a segunda parte não existiu, do nosso lado, claro. Entrámos mal. Ainda houve uma réstea de esperança quando Faísca foi substituído, rapidamente desfeita pelo segundo golo do Nacional. Fácil, muito fácil. Como o terceiro, com colaboração involuntária de Rolando. Como o quarto, com colaboração voluntária de Pelé.

E é tudo. Já acabou? Pois já, alguém viu o Belenenses jogar na segunda parte? Resta referir que, paradoxalmente, num jogo em que perdemos por 4-0, o melhor jogador em campo foi Hilário. Isto quer então dizer que o Belenenses até jogou para ganhar? Não, infelizmente não.

Ah, é verdade, segundo o Sr. Couceiro, o Belenenses só perdeu porque o segundo golo do Nacional só acontece porque o árbitro não marcou uma falta sobre Meyong! Ora aí está. Pronto, já percebemos tudo.

Não há nada como uma mente iluminada para nos tranquilizar. E mentes iluminadas é coisa que não falta no nosso Clube, a vários níveis... É por isso que continuamos descansados, sem qualquer pressão, nos quatro jogos que nos faltam, como aliás já não tínhamos neste. Que bom que é jogar com a pressão dos outros. Na última jornada, num outro jogo qualquer, há sempre a “esperança” de uma sabe-se-lá-qual equipa fazer o milagre de conseguir o resultado q.b. para nos salvar da descida.

Alguém olhará por nós...

Saudações azuis.