1920 – Primeiro jogo e primeira vitória com o Sporting (1-0)
O Belenenses foi criado para ser um grande clube de Futebol, tão forte e poderoso como os maiores.
Os resultados que alcançou nas primeiras décadas da sua existência confirmaram o sucesso desse intento: e ele começou logo a desenhar-se nos dois primeiros jogos com os dois grandes rivais lisboetas, Benfica e Sporting.
A ambos ganhámos no primeiro jogo que disputámos (quanto ao Belenenses – Benfica, cfr. 25 de Janeiro).
Por curiosidade, contra o F.C.Porto, só à segunda tentativa saímos vitoriosos, talvez por os primeiros jogos com esse adversário terem sido realizados na “capital do Norte”. Perdemos o primeiro jogo por 4-3, em 1920, mas, no ano seguinte, fomos ganhar-lhes por 3-0.
Quanto a este primeiro jogo com o Sporting, contava para o Campeonato de Lisboa, em que nos estreávamos, e logo sagrando-nos Vice-Campeões. Disputou-se no campo do Sporting. O Belenenses triunfou por 2-1. Assim se iniciava um duelo de referência do futebol português, que despertou paixões intensas durante décadas e décadas e que está cheio de episódios empolgantes e até lendários.
Neste jogo, o Belenenses alinhou com: Mário Duarte; Azevedo e Bogalho; Carlos Sobral, Artur José Pereira e Arnaldo; Aníbal, Ferreira, Francisco José Pereira, Velozo e Alberto Rio. O golo que nos deu a vitória foi apontado pelo “mestre” Artur José Pereira.
1958 – Inaugurada a Casa do Belenenses de Almada
O Belenenses, por estes tempos, gozava, ano após ano, de maior popularidade.
As Casas, Filiais, Delegações, Núcleos e Tertúlias iam-se sucedendo. Em 1927, constituíram-se as duas primeiras filiais. Em 1933, eram já 27 (uma das quais, fundada em 1930, em Paris). Em 1935, chegavam a 33. Em 1946, tinham-se elevado para 39. Em 1949, já eram 43. Em 1960, atingia-se o número de 52.
E, por esses tempos, ao contrário do que sucede hoje em vários casos, eram centros de Belenensismo puro.
Neste ano de 1958, duas poderosas Casas surgiram em zonas onde o Belenenses detinha uma grande legião de adeptos: a Casa do Belenenses de Almada, nesta data, e a Casa do Belenenses de Queluz e Amadora, em 21 de Setembro.
A Casa de Almada teve dias florescentes mas, para o fim da década de 80, já era nítida a sua decadência. Os dirigentes eram belenenses mas alguns dos frequentadores nem por isso. As coisas pioraram e não resistiram ao século XXI. Fechou.
É triste. E, no entanto, continuamos ainda a ter um significativo número de adeptos na Margem Sul. Que bom seria reconstruir centros que reunissem, congregassem e mobilizassem adeptos tão massacrados como os nossos...