José Eduardo Scarlatti exerceu em dois períodos bem distintos, as mais altas funções nos orgãos sociais do Belenenses.
Foi o 8º Presidente da Direcção, exercendo o cargo entre 1934 e 1935 e, mais tarde, em 1965, Presidente da Mesa da Assembleia-Geral.
Em comum, entre estes dois períodos, encontrou as dificuldades de ordem financeira, embora por origens distintas.
Apesar do acréscimo de algumas perturbações directivas ocorridas, com a demissão de directores como Francisco Mega e Manuel Florêncio, o Belenenses, sob a direcção do então Comandante Eduardo Scarlatti soube manter a posição desportiva habitual, sob a orientação técnica de Artur José Pereira para o todo o futebol de Belenenses.
Como pontos mais marcantes da sua gestão enquanto Presidente da Direcção, ficam para a história a criação de aulas de instrução primária para os filhos de associados (realizadas nas instalações da Sede) e que é cabal demonstração da postura do Clube perante a realidade das necessidades da sociedade belenense de então, o estabelecimento de um Fundo de Reserva para Conservação e Manutenção do Monumento a José Manuel Soares (falecido em 1931) e o atingir da marca combinada de 33 Filiais e Delegações do Clube.
Ainda neste período, o Belenenses continuou a investir fortemente em instalações desportivas nos terrenos das Salésias.
Para se ter uma ideia dos números e proporções envolvidas, tendo em conta o peso destes valores à época a que reportam, regista-se o lucro da gerência de 19.743$33, com dívida de 36.666$18, tendo investido, nas Salésias, em infraestruturas desportivas, o valor de 128.852$43.