quinta-feira, 11 de maio de 2006

Neste dia, em . . .

Ante-scriptum: É sob pesado luto que publicamos este artigo que descreve a história de um Belenenses não correspondente com a realidade actual.



1945 – Serafim das Neves estreia-se na Selecção Nacional de Futebol

Em várias outras oportunidades nos referimos a Serafim das Neves, uma das grandes referências do Belenenses e, inclusive, das suas 18 participações na Selecção Nacional (cfr. 11 de Setembro; 29 de Novembro; 11 de Dezembro).

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O primeiro desses jogos teve lugar em 11 Maio de 1945. Portugal empatou 2-2 com a Espanha. Presentes, na Equipa Nacional, estiveram igualmente os nossos jogadores Rafael Correia e Artur Quaresma. Assim, com três jogadores no Onze Nacional, o Belenenses foi nesse dia o segundo clube mais representado. O Sporting teve 5 jogadores, o Benfica 2 e o Olhanense 1.

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Teve também este jogo a curiosidade de ser o primeiro que a nossa Selecção fez no Estádio Nacional. Nos jogos anteriores, desde 1939, o Estádio do Belenenses, por ser o melhor de Portugal, era a casa da Selecção.



1969 – Belenenses vence Campeonato Nacional de Râguebi, em Juniores

O ano de 1969 marcou o fim do primeiro cinquentenário do Belenenses. Mas mais do que isso. Esse ano marcou o fim de (pelo menos até então) a maior crise de sempre do Clube, despoletada com a expulsão das Salésias e passando pelo esforço gigantesco de construção do Estádio do Restelo.

Foram, nesse período, postas em prática medidas de absoluta severidade no controlo financeiro na gestão do Belenenses. Diríamos memos, medidas brutalmente necessárias. Todas as modalidades estavam rigorosamente orçamentadas e não eram permitidos desvios. O futebol, indiscutivelmente a modalidade-raínha – não podia ser de outra forma - que até então dispunha de quatro categorias via-se reduzido a duas, a de Honra – a principal – e a Reserva.

Todos os atletas, profissionais ou não, passaram a sócios e a pagar quota, embora consoante o seu estatuto. Como exemplo, referimos que os jogadores juniores das modalidades amadoras (eram mesmo amadoras então) pagavam uma controbuição mensal de cinco escudos.

Era esse o caso dos atletas que se sagraram campeões nacionais de Râguebi na época de 1968/69. No meio de uma crise profunda e extremamente limitadora das condições de trabalho.

Todas essas dificuldades foram superadas por este grupo de trabalho, liderado pelos responsáveis da secção Américo Cerqueira, António Santos Miranda Faim, Caetano Cunha Reis, Hélder Domingues, José Flores de Barros e Rui Inácio Calisto.

O treinador Campeão Nacional foi António Félix Mendes e os jogadores:
João Pedro Lopes, Maia Domingues, Fernando Rivera, João Simeão, Francisco Moita, Vitor Cardoso, José B. Nunes, Nunes Peixeiro, Carlos Monteiro, Luís Paquete, Carlos Monteiro Silva, Aníbal Nifo, João Silva Cunha, Nuno Branco, Manuel Roberto, Vitor Nunes, Amadeu Batalha e Eugénio Soromenho.

Todos estes nomes contribuiram com mais um título que contrinui para um brilhante palmarés actual de 12 Campeonatos Nacionais de Juniores, até 2005/2006.