segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Neste dia, em . . .

1915 – Nasce Mariano Amaro (capitão da equipa campeã em 1946)

Diversas foram as vezes em que aqui já falámos de Mariano Amaro. A referência alargada e repetida justifica-se plenamente, porque Amaro foi, além de qualquer dúvida, uma das maiores figuras de sempre do Belenenses; mas, entretanto, resta-nos pouco para dizer.

Há anos atrás, o jornal “A Bola” publicou um suplemento com alguns dos maiores vultos do futebol português. Debaixo de uma das fotos de Amaro, vem uma legenda tão curta como significativa:
“Amaro criou a quarta dimensão do futebol português”.

Photobucket - Video and Image Hosting

Imenso! E ao dizermos isto, lembramo-nos que durante (mais de) 40 anos, desde a sua fundação até ao início da década de 60, iam sendo sucessivamente do Belenenses os melhores jogadores, da sua época, no futebol Português, numa maravilhosa cadeia dourada: Artur José Pereira – Augusto Silva – Pepe – Amaro – Matateu...

No mesmo jornal podíamos ainda ler sobre Mariano Amaro:
O Belenenses foi o seu clube de sempre. Scopelli, dizendo-lhe que tinha lugar em qualquer equipa do mundo, quis levá-lo para a Argentina.

‘Estive meio tentado a ir, mas a mulher pediu-me muito para não ir, não fui’.

Várias vezes lhe acenaram com muito dinheiro do Sporting. E do F.C.Porto.

‘Foi o Pinga que me quis levar, disse-me que iria ganhar o mesmo que ele. Nessa altura ele recebia um conto e quinhentos por mês [7,5 €]; a posta de bacalhau custava 15 tostões [menos de 1 cêntimo]’.

O coração fê-lo ficar outra vez nas Salésias. E perder muito dinheiro
”.

Photobucket - Video and Image Hosting

Há cinco dias atrás, referimo-nos aqui ao Almirante Américo Tomás. A existência, no Belenenses, de figuras politico-ideologicamente tão opostas, como Mariano Amaro e Américo Tomás, confirmam o que então escrevemos: o nosso clube é plural, como tudo o que tem dimensão.