domingo, 7 de maio de 2006

Neste dia, em . . .

1958 - Primeiro jogo e primeira vitória com F.C. Barcelona (2-1)

O Belenenses tem um historial relativamente longo de confrontos com o Barcelona e, embora o saldo seja favorável ao colosso catalão, sempre (com uma única excepção) lhes fizemos frente com muita dignidade e com muito valor.

Lembremos que, conforme já referido em outras ocasiões (cfr. 30 de Setembro; 11 de Outubro; 9 de Abril), os encontrámos por três vezes na Taça UEFA: 1962/63, 1976/77 e 1987/88.

Da primeira vez, empatámos os dois jogos e só cedemos, por um golo, no jogo de desempate realizado em Espanha (por causa da situação financeira que vivíamos com o problema do estádio); da segunda vez, consentimos o empate, no Restelo, a 4 minutos do fim e sofremos o golo da derrota tangencial, em Barcelona, também ao terminar do jogo; na terceira vez, perdemos 2-0 na Catalunha, com golos nos descontos e ganhámos 1-0 em nossa Casa.

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De qualquer forma, a primeira ocasião em que defrontámos o Barcelona foi em 7 de Maio de 1958, no Restelo. E auspiciosamente começámos o historial dos confrontos com a poderosa equipa espanhola, ganhando-lhe por 2-1.

O Belenenses alinhou com:
José Pereira; Pires, Raul Figueiredo e Mário Paz; Moreira e Vicente; Milton (depois Miguel Norte), Matateu, Carlos Silva (depois, Bezerra), Yaúca e Tito.

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Com uma defesa seguríssima e investidas atacantes rápidas e incisivas, o Belenense chegou ao triunfo com golos de Carlos Silva e Matateu.
Moreira, Paz, Vicente e Yaúca, além dos autores dos golos, brilharam a grande altura.

Exactamente quatro meses mais tarde, o Belenenses devolveu a visita, indo jogar a Barcelona. Perdeu pelo mesmo resultado com que ganhara em Lisboa: 2-1. Mas esteve a ganhar por 1-0 (resultado ao intervalo) e até o jornal catalão “La Prensa” reconheceu que o Belenenses “é uma excelente equipa, que superou o Barcelona em jogo global e revelou grande classe”.

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Já dissemos várias vezes, mas vamos repetir, que tivessem as provas europeias começado uns escassos anos mais cedo que fosse, e o Belenenses poderia dispor nelas de um palmarés invejável. E isso teria trazido receitas, adeptos, sócios e projecção, que facilitariam o enfrentar das crises que temos vivido desde 1961.

Note-se que este Barcelona que o Belenenses venceu brilhantemente, ganhou, nesse mesmo ano, a primeira edição da antecessora da Taça UEFA (a Taça das Cidades com Feira), triunfo que repetiu na edição seguinte (1960). Foi Campeão de Espanha em 58/59 e em 59/60. Não era, pois, um Barcelona em crise: era um grande Barcelona.

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Quanto ao palmarés global do Barcelona, refira-se que, em Espanha, foi 17 vezes Campeão (e 21 vezes Vice-Campeão), ganhou 24 Taças do Rei, 2 Taças da Liga e 5 Supertaças; a nível internacional, venceu uma Taça dos Campeões Europeus (sendo três vezes finalista vencido), 4 Taças das Taças (sendo duas vezes finalista vencido), 3 Taças UEFA/das Cidades com Feira (sendo uma vez finalista vencido), 2 Supertaças – ou seja, esteve presente em 16 finais europeias (e vai estar presente em mais uma, da Liga dos Campeões, este ano) das quais venceu 9! – e, ainda, 2 Taças Latinas.

Mas, em 1958, o Belenenses foi mais forte que este Barcelona!